O advogado Pedro Rafael Campos Fonseca terá de depor no caso do mensalão. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (22), por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Corte, Fonseca, foi convocado como testemunha de acusação pelo Ministério Público Federal. Fonseca depôs na fase do inquérito do mensalão. Na ocasião, ele teria revelado como recebeu honorários de Simone Vasconcelos, ex-diretora da SMP&B, empresa do publicitário Marcos Valério, apontado como operador do esquema. O STF informou que a data do testemunho deverá ser agendada pelo juiz federal competente.
De acordo com o Supremo, o advogado alegou que deveria ser dispensado para ter resguardado seu sigilo profissional porque, em seu trabalho para o PT em São Paulo - quando atuou no caso da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel -, teria lidado com episódios ligados aos fatos apurados no mensalão.
O relator da ação no STF, ministro Joaquim Barbosa, rebateu e informou que o advogado nunca atuou no caso. Barbosa ressaltou que o diretório do PT em São Paulo não figura na ação penal do mensalão e que Fonseca não defende réus no processo. Barbosa disse ainda que foi o próprio advogado quem relatou esse fato durante a fase policial do caso mensalão.
Segundo o STF, na ocasião, Fonseca contou que o deputado federal José Genoino (PT-SP), à época presidente nacional do PT, disse que conversaria com o então secretário de finanças da legenda, Delúbio Soares, para acertar seu pagamento. Em uma reunião, Delúbio teria dito a Fonseca que uma representante dele entraria em contato para repassar as cinco parcelas combinadas. Essa pessoa, segundo o advogado, era Simone, que lhe entregava o dinheiro em envelopes pardos, na agência do Banco Rural em Brasília.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas