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Brasília - O advogado-geral do Se­­nado, Luiz Fernando Ban­­­deira de Mello, recomendou à diretoria-geral da Casa a anulação de 174 atos secretos usados para nomear e exonerar servidores da Casa sem a devida publicação. Apesar de o Senado ter anulado os atos publicados secretamente até que a comissão que analisa o caso dê o seu parecer final, a expectativa é que a instituição mantenha a anulação dos atos relacionados aos 174 servidores.

Mello disse à reportagem que sugeriu a anulação porque a medida não vai prejudicar o funcionamento administrativo da Casa – com a eventual exoneração de servidores. "Eu sugiro que eles permaneçam anulados. Desses 174, não haveria problemas para a administração a manutenção da sua anulação", afirmou.

O diretor-geral do Sena­do, Haroldo Tajra, encaminhou os 174 atos secretos para a análise da advocacia da instituição para que emitisse um parecer sobre a sua validade. A comissão que investiga os atos secretos está subordinada à diretoria-geral, que ainda não divulgou quantas medidas devem ser anuladas ao final das investigações.

A publicação secreta de atos no Senado foi revelada em meio à crise que atingiu a instituição no primeiro semestre deste ano. Em um primeiro momento, o Senado admitiu a publicação secreta de 663 atos, mas posteriormente, ao argumentar que 152 foram pu­­blicados, o número foi reduzido para 511.

Sarney já havia determinado a revalidação de 36 atos, entre eles o que reajustou a verba indenizatória dos senadores de R$ 12 mil para R$ 15 mil. O Senado também decidiu manter as gratificações incorporadas aos salários de servidores da instituição que foram concedidas por atos secretos.

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