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Duas advogadas acusadas de transmitir informações entre presos de facção criminosa revelaram em depoimento à polícia como agiam. Valéria Dommus e Libânia Costa foram presas nesta quarta, no interior do estado. O advogado Eduardo Diamante também foi preso por suspeita de envolvimento com o crime organizado. Os três foram transferidos nesta quinta-feira de Presidente Prudente, no interior do estado, para as cidades de Lucélia e Pirapozinho.

A reportagem do SPTV teve acesso ao depoimento das duas advogadas. Em Presidente Prudente, diante de quatro promotores, delegados e dois representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Libânia Costa contou que agia como mensageira. Ela entrava e saia dos presídios com a finalidade de transmitir ordens de dentro da facção. De acordo com Libânia, foi um preso conhecido como 'Macarrão', líder da facção, que deu a ordem para 'virar', gíria que significa se rebelar, os presídios de Araraquara e Itirapina. As duas unidades passaram por rebeliões há 15 dias. Ela confessou que também teve contato com Marcos Camacho, o Marcola, considerado principal líder da facção, e que recebia até R$ 7 mil.

Valeria Dammous estima que recebeu cerca de R$ 20 mil da organização. De acordo com ela foi um preso apelidado de 'Moringa' quem passou a ordem para que cinco agentes penitenciários fossem assassinados.

A polícia agora investiga se há ligação com a morte de Nilton Celestino, agente penitenciário morto nesta quarta-feira, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

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