Advogados de Suzane vão tentar adiar o julgamento

• 0

Os advogados da ex-universitária Suzane von Richthofen, ré confessa do assassinato dos pais, Marísia e Manfred von Richthofen, vão tentar adiar o julgamento marcado para o próxima segunda-feira, dia 5 de junho. Nesta terça-feira, um dos advogados de Suzane, Mário de Oliveira Filho, já afirmou que normas processuais não estão sendo cumpridas. De acordo com ele, a sentença de pronúncia, por exemplo, que é um documento necessário para que o julgamento seja realizado, ainda é provisória.

- Não sei como vai ocorrer julgamento se a sentença ainda não transitou em julgada (não tem mais recursos). Ela ainda tem sim um recurso pendente do STJ - afirma Oliveira.

- A sede da acusação de pôr as mãos no pescoço dela é tanta, que as regras processuais não estão sendo cumpridas - alega.

Existe até a possibilidade de que o advogado não compareça à sessão para postergá-la.

Para a promotoria, todo o procedimento foi cumprido e a documentação está correta.

- A defesa começará a usar artimanhas para adiar o julgamento. Todo o procedimento foi cumprido e a documentação está toda pronta - diz o promotor Nadir de Campos Junior, designado como assistente da acusação.

- Mas sempre podemos esperar uma cartada, como o advogado faltar. O adiamento só ocorrerá se o juiz, os advogados ou os promotores faltarem. O juiz e nós (promotores) estaremos lá - diz.

Depois de conseguirem o benefício da prisão domiciliar para Suzane, os advogados ainda querem que ela, mesmo condenada, tenha o direito de aguardar em liberdade todos os recursos da sentença. Eles já entraram com o pedido no STJ. Com base nessa reivindicação, o ministro Nilson Naves concedeu a prisão domiciliar temporária até que a sexta turma do STJ julgue o pedido.

Esse benefício foi concedido recentemente ao jornalista Antonio Marco Pimenta Neves, réu confesso da morte de sua ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide. Ele foi condenado a mais de 19 anos de prisão, mas aguarda os recursos em liberdade. Essa decisão fica a cargo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pode examinar o pedido dos advogados ainda nesta semana.