Gaievski foi ouvido no 3ºDP e em seguida levado ao IML para fazer exames. Local onde permanecerá preso não foi revelado pela polícia| Foto: Allan Costa Pinto / Tribuna do Paraná

Os advogados do ex-prefeito de Realeza Eduardo Gaievski, preso neste sábado (31) sob acusação de estupro, aguardam o resultado de um pedido de habeas corpus que deve ser julgado nesta segunda-feira (2). Os defensores ingressaram com o recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), na última quinta (29), antes de o político ser preso em Foz do Iguaçu e transferido para Curitiba. Gaievski atualmente ocupava um cargo de assessor na Casa Civil da Presidência da República.

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Rafael Antônio Seben, um dos advogados de Gaievski, disse que eles irão tomar novas providências, caso seja necessário, apenas após o veredito sobre o pedido de liberdade. "Com certeza [ele será solto], até porque a prisão neste caso é incabível. Apresentamos contraprovas a todas as acusações que constam na denúncia e ele solto não representa risco às investigações", defendeu.

O advogado não revelou em qual presídio Gaievski está preso e disse não poder mais detalhes porque o caso correm sob segredo de Justiça. Seben também disse não saber o motivo exato de a polícia ter transferido o político de Foz do Iguaçu, onde foi preso, para Curitiba. "É uma questão da polícia, mas acredito que tenha sido para garantir a segurança".

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Transferência

A assessoria da Polícia Civil informou, via assessoria de imprensa, que Eduardo Gaievski permanecerá em Curitiba nos próximos dias. Assim que chegou, o ex-prefeito foi ouvido no 3º Distrito Policial e em seguida foi levado ao Instituto Médico Legal para fazer exames.

Após o procedimento padrão, o preso foi conduzido a outra unidade policial. Alegando medida de segurança, a polícia não informou para onde ele foi transferido.

O caso

Na semana passada, policiais paranaenses fizeram buscas pelo ex-assessor em seu apartamento em Brasília e em seus endereços em Realeza. Os advogados do político tentavam obter a revogação da prisão.

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O processo contra Gaievski corre em segredo de Justiça, por envolver menores de idade. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em 2010, sob acusação de estupro de vulnerável e favorecimento de prostituição. Escutas telefônicas fundamentam a acusação.

Segundo o advogado de três das vítimas, Natalício Farias, as adolescentes relataram que recebiam entre R$ 150 e R$ 200 por "programa". Uma delas disse que teve que sair três vezes com o ex-prefeito para que conseguisse um emprego no município.