Brasília (AE) Os advogados do empresário do ramo de publicidade Marcos Valério Fernandes de Souza voltaram ontem a pedir ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que assegure a ele o benefício da delação premiada. Esse instituto prevê que, em troca de colaborar com as apurações, o investigado pode conquistar a redução de uma eventual pena aplicada pelo Judiciário.
Essa não é a primeira vez que a defesa faz esse pedido ao procurador. A proposta foi feita em julho. No dia 14, o empresário apresentou-se, voluntariamente, na Procuradoria-Geral da República, conversou com Fernando de Souza e entregou documentos.
Na ocasião, o procurador recusou a proposta feita pelo empresário por considerar que seria precipitado fazer qualquer tipo de acordo com ele num estágio tão inicial das investigações, quando sequer havia chegado à CPI dos Correios dados sobre sua movimentação bancária.
Fernando de Souza, porém, não descartou aceitar fazer um acordo em torno da delação premiada, desde que Valério fornecesse informações que representassem um avanço significativo nas investigações.
Revelações
De fato, Valério tem passado, informalmente, a alguns interlocutores dados considerados relevantes nessas investigações. Teria sido Valério quem revelou o pedido do deputado José Dirceu (PT-SP) para que supostamente conseguisse um emprego para uma de suas ex-mulheres e também ajudasse a obter financiamento no Banco Rural para que pudesse comprar um apartamento para ela.
Além da delação premiada, os advogados de Valério solicitaram ao procurador-geral que não peça ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do empresário.
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