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O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), vai apelar a uma manobra regimental para poder se manifestar na primeira reunião da CPI mista da Petrobras, agendada para 14 horas.

O adversário da presidente Dilma Rousseff não integra a comissão - alegou falta de tempo devido à campanha eleitoral. No entanto, vai assumir provisoriamente a liderança do partido no Senado nesta quarta-feira, 28, para que possa se posicionar sobre o escândalo envolvendo a estatal.

Líderes podem fazer uso da palavra em qualquer comissão, prerrogativa permitida no regimento interno da Casa. A manobra é possível devido à ausência do líder tucano, senador Aloysio Nunes (SP), que está em missão oficial em Taiwan. O primeiro vice-líder, Cassio Cunha Lima (PB), está em compromissos no Estado.

Aécio vai reafirmar o discurso que tem usado ao abordar o tema. Dirá que a CPI é uma obrigação do Congresso, já que se trata de uma exigência da sociedade e o Poder Legislativo não pode se escantear. O tucano já conversou com sua tropa de choque e falou que vai reiterar esse discurso.

Nessa primeira reunião, os 32 integrantes da CPMI devem confirmar o senador Vital do Rêgo (PMDB- PB) na presidência da comissão e o deputado Marco Maia (PT-RS) na relatoria. Faz parte da estratégia governista se valer da maioria dos componentes para tentar controlar os rumos da CPMI.

A oposição, contudo, conta com os descontentes da base aliada para ganhar voz e conseguir aprovar itens que consideram essenciais. Os oposicionistas têm pronta uma sugestão de plano de trabalho com mais de 100 requerimentos, entre convocações, pedidos de acesso a documentos e de quebra de sigilo de figuras consideradas peças fundamentais, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

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