O pré-candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves (MG), saiu nesta segunda-feira (10) em defesa do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de participar do chamado mensalão tucano.

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Ele evitou, no entanto, endossar a estratégia do colega de partido de comparar sua situação à do ex-presidente Lula no mensalão do PT. "Azeredo é conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bem. Ele vai ser julgado, e nós do PSDB vamos respeitar a decisão do STF. Obviamente, vamos esperar que ele possa se defender", disse Aécio, em visita à sede da ONG Afroreggae, no Rio.

Questionado sobre entrevista à Folha de S.Paulo em que Azeredo comparou sua situação à do ex-presidente Lula no mensalão do PT, o senador desconversou: "Não sei. Eu não li essa matéria", disse, hoje de manhã.

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Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão. O tucano diz ser inocente.

Diferentemente dele, Lula não foi denunciado ao STF no mensalão petista. Dois ex-presidentes do PT, José Dirceu e José Genoino, foram condenados e presos.

No Rio, Aécio culpou o governo federal pelo apagão de semana passada e se disse "muito preocupado" com o risco de novos blecautes no país.

"Só não temos apagões de maior extensão porque o Brasil parou de crescer, está com crescimento pífio. Se nós estivéssemos crescendo na taxa em que o ministro da Fazenda apregoou, não teríamos energia", afirmou.

O coordenador do Afroreggae, José Júnior, declarou voto em Aécio para presidente. O tucano o chamou de "meu irmão" e prometeu, se eleito, levar o trabalho do grupo para outros Estados.

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Durante a visita, Aécio conversou e tirou fotos com integrantes do grupo. Entre eles estava o ex-traficante Tuchinha, que comandou a venda de drogas no morro da Mangueira, zona norte do Rio. Ele passou 21 anos preso e hoje trabalha como assessor de Júnior.