Segurança
Tucano pede redução de maioridade penal para crimes hediondos
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse ser favorável à redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos. "É uma discussão grande entre a gente, que não é consensual de todos que nos apoiam. É uma proposta do Aloysio Nunes [candidato a vice na chapa], que pode sinalizar a redução da impunidade em 1% dos casos", afirmou. "Não é a solução. É um paliativo. Solução é educação, oportunidade e fazer o Brasil crescer". O tucano já havia defendido a medida, mas pela primeira vez a reconhece como "paliativa".
Sobre a questão diplomática envolvendo Israel e o Brasil, o candidato disse que o país está "fechado ao exterior". Na quinta-feira, depois de o Brasil condenar os ataques de Israel à Faixa de Gaza, um representante do governo israelense disse que o Brasil é um "anão diplomático". "O Brasil vem tendo um política externa com viés claramente ideológico. Isso impede que o Brasil avance em acordos com a União Europeia. O Brasil fica amarrado ao Mercosul, sem flexibilização."
Em agenda de campanha no Rio, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse ontem que a polêmica sobre a construção de um aeroporto em terreno que pertenceu ao seu tio-avô Múcio Guimarães Tolentino, no município de Cláudio (MG), "já foi mais do que esclarecida". A obra teve início no segundo mandato do tucano como governador de Minas Gerais e custou quase R$ 14 milhões.
"Todo homem público tem de esclarecer quaisquer questionamentos e fazer com que seus esclarecimentos possam chegar à opinião pública. Em Minas, não fiz um, fiz mais de 30 aeródromos. Em Minas, não fiz duas estradas, fizemos ligação de 229 cidades ao asfalto", afirmou o tucano. "Há uma exploração política e é natural que haja. Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida ilibada, correta."
Na terça-feira, 22, Aécio fez uma declaração reafirmando a legalidade da obra, sem dizer se fez ou não uso do aeroporto, que fica a 6 quilômetros da fazenda de sua família. "Saí de Minas com 92% de aprovação e tenho a certeza que em Minas terei extraordinária vitória", afirmou ontem o tucano.
Aécio, sua mãe e suas irmãs são proprietários de uma fazenda na cidade, situada a 6 quilômetros do aeroporto. Concluído em 2010, o aeroporto ainda não foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para uso público e o acesso é controlado pelos donos da fazenda.
Dilma
Durante sua passagem pela favela Vigário Geral, na zona norte do Rio, Aécio falou sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff, que esteve na região na quinta-feira. "A diferença central da nossa campanha para a da presidente Dilma é isso aqui: estou andando na rua, sem ninguém [aliados políticos]", afirmou Aécio. "Nossa campanha será olhando para as pessoas. A presidente, por enquanto, tem tido dificuldade de se apresentar à população. Os eventos são fechados, quase com imposição da presença de aliados".
O tucano se manifestou também sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de isentar de culpa pela compra da refinaria de Pasadena a presidente Dilma Rousseff. "Acho apenas curioso que os diretores da Petrobras sejam responsabilizados e os membros do conselho, que verificam, que têm responsabilidade formal na decisão, tenham tido tratamento diferenciado. Não pré-julgo ninguém, acho apenas que todos devem prestar esclarecimentos de questões que surgem. Acho apenas que está faltando uma palavra da presidente sobre esse caso."
Aécio chegou ao bairro de Vigário Geral às 12h10, acompanhado da filha, Gabriela Neves, e foi ciceroneado por dirigentes do grupo Afroreggae.
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