Provável adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu ontem que mira o apoio de parte do PMDB à sua candidatura em meio à crise que atinge a relação do PT com os peemedebistas. Aécio afirmou que o PSDB nasceu da "costela" do PMDB, por isso é "natural" que membros da sigla queiram apoiar o seu nome.
"Quanto mais o PT faz valer o seu projeto hegemônico que não busca aliados, mas busca apoiadores, é natural que em função das realidades locais haja uma aproximação. Isso não é estratégia do PSDB, é algo natural", afirmou o tucano.
O senador disse que não busca "cooptar" o PMDB, mas recebe "sinais" de peemedebistas que desejam desembarcar do projeto de reeleição de Dilma. O PMDB do Rio, por exemplo, cogita apoiar o tucano liderado pelo governador Sérgio Cabral.
"É um governo que paga o preço de sua arrogância casada com sua ineficiência", disse o senador, que se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a crise entre PT e PMDB. Segundo o senador, a crise é consequência da postura de um governo que não deseja manter aliados, mas "vassalos".
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