O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu nesta sexta que o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) deverá prestar os devidos esclarecimentos sobre denúncias de que teria prestado consultoria a empresas com negócios com a Prefeitura de Belo Horizonte. Pimentel é ex-prefeito da capital mineira.
"Sempre tive um relação cordial como ministro Pimentel, mas acho que ele está numa condição de ter que prestar esclarecimentos. Fazer consultoria não é crime. Agora, se houve tráfico de influência é diferente. Temos que dar a ele o crédito para que preste as explicações necessárias. Não esclarecendo, a situação fica muito difícil", disse.
Aécio foi duro nas críticas à administração da presidente Dilma Rousseff, que ele avaliou como incompetente, sem capacidade de ousar para superar os gargalos de infraestrutura no País. Criticou o elevado número de ministérios, e afirmou que o PT perdeu a oportunidade de fazer o País avançar, em meio ao desperdício e às denúncias de corrupção, que derrubam um ministro por mês.
Conforme do senador, que esteve na Bahia, as administrações tucanas não se comparam às do PT. "O que o governo do PT faz é um software pirata. O programa original foi elaborado por nós, com ênfase na estabilidade econômica", comparou. Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser o candidato tucano à sucessão presidencial daqui a três anos ele respondeu parafraseando o seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves: "Presidência é destino, muito mais que projeto". Da Bahia Aécio seguiu para o Rio Grande do Norte.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”