Em ato organizado nesta quinta-feira (10) à noite pelo PSDB em São Paulo para apresentar novos filiados à legenda para as eleições municipais de 2016, a crise política nacional dominou os discursos. Nem mesmo a falta de energia, que fez com que todo o auditório ficasse iluminado somente por poucas luzes alimentadas por um gerador, abreviou os pronunciamentos.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse que a sigla é a “única alternativa” para o país “encerrar o ciclo perverso do PT”. A crise política, afirmou ele, é um “desastre anunciado”e resultado da “prepotência e incompetência” do governo federal. “Dentro de pouco tempo, eles estarão alijados do poder”, afirmou o senador, que emendou: “Ao ver toda essa migração para o PSDB e para aliados nossos eu tenho que dizer que o PSDB não é hoje mais um partido. Ele é a única alternativa segura para o Brasil encerrar esse perverso ciclo de governo do PT para introduzirmos um novo e virtuoso ciclo de crescimento”, afirmou o senador.
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Antes dele, o senador Aloysio Nunes Ferreira defendeu que a Justiça e o Congresso “dê um justo castigo” à presidente Dilma Rousseff. “É possível que a Justiça, o Tribunal de Contas e o Congresso dê o justo castigo que a presidente Dilma merece por ter cometido estelionato eleitoral”, ressaltou.
O governador Geraldo Alckmin foi o menos enfático na crise nacional e pautou seu discurso mais na questão das filiações. Mesmo assim falou que o PSDB está montando um “time da esperança e confiança” para enfrentar o atual momento.
Alckmin e Aécio tiveram um encontro a sós nesta noite para discutir o cenário político nacional antes do evento partidário. No palanque, chamou a atenção a lista de elogios feitos por senador ao governador. Ele voltou a afirmar que quem apostar na divisão do PSDB vai perder.
Os dois são nomes naturais do partido para disputar a Presidência da República em 2018. Aécio disse ainda que estimula que Alckmin viaje pelo país para mobilizar o partido. O governador paulista tem feito visitas a outros estados com o objetivo de se fortalecer para uma disputa interna contra Aécio.
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