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O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reuniu lideranças nacionais e estaduais do PP nesta segunda-feira (23) para um almoço no Palácio das Mangabeiras e fez cortejos ao partido que integra base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ressaltando que no momento a legenda ocupa "espaço de poder no plano federal", Aécio disse que, se depender de seu empenho pessoal, a aliança do PP com o PSDB em Minas poderá ser nacionalizada.

"Acho que em Minas não há dúvidas de que nós somos um só projeto. Se isso puder inspirar, quem sabe no futuro, uma parceria em nível nacional, acho que nós devemos trabalhar para isso", disse Aécio. Ao lado do governador, os líderes do PP deixaram claro que a possibilidade de uma composição futura teria mais chances caso Aécio seja escolhido como o presidenciável tucano.

O mineiro disputa a indicação como candidato do PSDB com o governador de São Paulo, José Serra.

"Entre ele e o Serra, acho que ele ganha disparado", afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA), ex-tucano aliado de Aécio. "É inegável que o governador Aécio é muito simpático não só ao PP. Ele extrapolou as fronteiras do PSDB." Negromonte ressaltou que o PP não discutiu ainda com o PT a eleição presidencial de 2010. O presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), fez elogios à "administração inovadora" e à "obra revolucionária" do governador mineiro no Estado, onde classificou a aliança entre tucanos e pepistas como "quase que de irmãos siameses".

"Achamos que ele (Aécio) será um grande presidente da República. Agora, a posição do partido... como eu disse, política é o fato e o tempo. A sucessão é um fato, mas o tempo tem de ser examinado dentro de um contexto mais amplo, tendo em vista as decisões do PP e do PSDB", disse Dornelles.

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