O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que não trabalha pela sua candidatura à Presidência em 2010 "como uma obsessão" e considerou que a eventual indicação como presidenciável tucano "é o destino de uma estratégia". "Ela (candidatura) pode ocorrer ou não ocorrer, mas o que existe hoje firmemente é uma disposição muito pessoal minha de caminhar pelo País; quero fazer isso ao lado do companheiro José Serra, apresentando ideias", ressaltou Aécio, após ser questionado sobre o crescimento da ministra da Casa Civil e pré-candidata petista Dilma Rousseff na última pesquisa CNT/Sensus. O governador voltou a classificar de "natural" o avanço das intenções de voto em Dilma e salientou que acredita que a ministra "crescerá até muito mais" nas pesquisas, "dada, sobretudo, a exposição que ela vem tendo".
Na pesquisa espontânea da CNT/Sensus, na qual os eleitores respondem livremente em quem votariam para presidente, sem apresentação de uma lista, Dilma superou Aécio, aparecendo em terceiro lugar, com 3,6% das intenções de voto. O governador de Minas aparece em quarto lugar, com 2,9%. "Um candidato com o apoio do presidente da República tem também um impulso muito grande. Não acho que por si só isso garanta uma eleição, mas esse candidato partirá de um patamar muito grande", ressaltou. Aécio considera que essa perspectiva corrobora a necessidade de o PSDB consolidar o que costuma chamar de "um novo projeto para o Brasil", proposta que procura sedimentar na legenda mediante a defesa pela realização de prévias.
"Não acho que o PSDB possa, desde já, por indicadores de pesquisas, achar que vence as eleições. Portanto, uma candidatura é consequência. O que é importante hoje é nós firmarmos as novas ideias que o PSDB quer empreender no Brasil a partir de 2010", afirmou.
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