Com números de uma pesquisa eleitoral feita pelo instituto mineiro Vox Populi, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, fez campanha na quarta-feira (8) no Congresso pelas prévias do PSDB para escolha do candidato tucano a presidente. Sorridente, ele trouxe na ponta da língua os dados que, ao menos em um quesito - potencial de crescimento -, lhe dariam vantagem sobre o governador de São Paulo, José Serra.
De acordo com os números apresentados aos parlamentares no Congresso, o governador mineiro, no caso de se tornar candidato do PSDB à Presidência, teria mais condições de assegurar e atrair votos. "Quem conhece Aécio vota em Aécio", resumia o presidente do PSDB mineiro, deputado Paulo Abi-Ackel, na escolta política do governador.
De acordo com a assessoria do governador mineiro, ele tem a fidelidade de 44% dos eleitores que o conhecem bem, enquanto Serra registraria 32%. Na matemática pregada pelos aecistas, com mais exposição política, Aécio teria a capacidade de atrair mais e fiéis votos, o chamado potencial de crescimento eleitoral.
Aécio propõe que o PSDB realize as suas prévias até novembro, para que o candidato tucano à Presidência seja apresentado ao País ainda este ano. "Se não houver acordo entre os dois candidatos, este é o caminho", admitiu o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Temeroso de um racha que indisponha o candidato paulista com os mineiros, que representam o segundo maior colégio eleitoral do País, o grupo ligado a Serra defende um entendimento que dispense a realização de prévias. Tasso avalia que a união dos dois é "muito provável", mas admite não saber "se é possível" transformar essa união em uma chapa puro-sangue.
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