Em tom de campanha, o virtual candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, senador Aécio Neves (MG), lançou ontem uma "cartilha" com 12 diretrizes que devem nortear o programa do partido na próxima disputa eleitoral. O evento ocorreu em um auditório na Câmara dos Deputados.
O discurso do tucano foi feito com base no novo slogan do partido: "Para mudar de verdade o Brasil". Ao longo de cerca de 40 minutos, o senador fez ataques ao atual governo, defendendo mudanças em setores como economia, gestão do Estado, além de fazer defesa do legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Queremos ir além, falar de eficiência, planejamento, algo absolutamente distante da realidade daqueles que hoje governam", disse o tucano para, em seguida, criticar atrasos na conclusão de obras como a Transposição do Rio São Francisco, a refinaria Abreu e Lima e o projeto do trem-bala.
"O Brasil que há dez anos despontava como país do desenvolvimento, hoje está no final da fila. Nós criamos a responsabilidade fiscal, eles criaram a contabilidade criativa, que tem desmoralizado o Brasil interna e externamente", afirmou.
Aécio também defendeu o que chamou de "reestatização" de empresas como a Petrobras e Banco do Brasil. "O que o meu partido quer é reestatizar essas empresas, tirá-las das garras de um partido político para devolver à sociedade brasileira."
Segundo ele, o PSDB está pronto para o debate eleitoral. "Querem debater economia? É até covardia. Nós estabilizamos a moeda, resgatamos a credibilidade do Brasil, modernizamos a nossa economia. Eles atentaram contra tudo isso e desmoralizaram o Brasil perante os investidores", criticou.
O senador também fez referência ao Bolsa Família, um dos principais programas do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do atual governo Dilma Rousseff. "Querem debater programas sociais? Vamos a eles. Querem debater o Bolsa Família? Vamos lá na sua origem. O Bolsa Família não pode, como faz crer o PT, ser o ponto de chegada. Para nós é apenas o ponto de partida", ressaltou.
Os 12 pontos da cartilha abordam: compromisso com a ética; recuperação de credibilidade; Estado eficiente; educação de qualidade; superação da pobreza; segurança pública; mais saúde, cuidado, investimento e gestão; nação solidária; meio ambiente e sustentabilidade; agenda da produtividade; agropecuária e política externa.
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