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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quinta-feira (17) que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), demonstrou "grandeza" e desprendimento" ao renunciar à disputa pela candidatura do PSDB à Presidência da República. Os dois disputavam entre si a indicação do partido para as eleições presidências de 2010.

"Não me surpreendem a grandeza e despreendimento que ele demonstra neste momento. Os termos em que ele se manifestou confirmam a afinidade de valores e as preocupações que inspiram nossa caminhada política", disse em nota.

Serra afirmou ainda que Aécio tem todas as condições para ser o candidato do PSDB à Presidência "por seu preparo, sua experiência política, sua visão de Brasil e seu desempenho como governador". Serra disse ainda concordar com as posições do governador de MG sobre a necessidade de se evitar uma "disputa plebiscitária" e o antagonismo entre "nós e eles".

"Não somos semeadores da discórdia e do ressentimento. Nem estimuladores de disputas de brasileiros contra brasileiros, de classes contra classes, de moradores de uma região contra moradores de outra região. Trabalhamos, ambos, sempre, pela soma, não pela divisão. Somos brasileiros que apostam na construção e não no conflito", afirmou na nota.

O governador de SP refirçou o projeto de união do PSDB na disputa eleitoral de 2010. "Quero reafirmar o sentimento expresso pelo presidente do PSDB, senador Sergio Guerra, no sentido da união e da convergência que nos move, de valores e ideais".

Aécio

Aécio Neves anunciou na tarde desta quinta-feira (17) que não será candidato à Presidência da República em 2010. A confirmação foi dada em entrevista em Belo Horizonte com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

"Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas não abandono minhas convicções e minha disposição para colaborar, com meu esforço e minha lealdade, para a construção das bandeiras da Social Democracia Brasileira", disse o governador de Minas Gerais.

Ele justificou a renúncia à disputa pela candidatura à Presidência dizendo que queria oferecer um projeto novo de governo, com perfil de alianças amplo para a disputa eleitoral de 2010, mas que não teria tempo para implementar as modificações que desejava. Segundo ele, o tempo limite para conquistar um quadro diversificado de alianças era até o final deste ano.

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