O senador Aécio Neves (PSDB-MG) rechaçou análises que sinalizam que a oposição está em crise e descartou que ela ocorra, em particular, entre os próprios tucanos. Segundo o parlamentar, o PSDB é um dos partidos mais vigorosos do País. "Os partidos sempre passam por mudanças. Não sei o sentido desse ceticismo que vejo em algumas análises", afirmou, durante comemorações do Dia do Trabalho, em São Paulo.
Aécio também comentou a debandada de políticos do PSDB. Na semana passada, Walter Feldman, um dos fundadores do partido, anunciou sua saída. "Claro que ninguém quer perder companheiros" disse. Mas, segundo ele, "trata-se uma questão local, que não abala a estrutura do partido em São Paulo".
Ele classificou o atual momento de "ajustamento". "O PSDB está se fortalecendo. Dez Estados são governados pela oposição, representando cerca de 50% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2014, o PSDB vai voltar ao poder central", garantiu. "O PSDB tem de estar firme, pois tenho confiança no futuro da oposição", acrescentou.
Aécio salientou que o PSDB está há 16 anos no governo em São Paulo e avaliou que o atual governador Geraldo Alckmin "é altamente avaliado". "Temos uma estrutura de deputados que faz a diferença. São Paulo e Minas são baluartes da oposição. Com apoio do Paraná e Goiás, entre outros Estados, temos de mostrar um governo que preze a meritocracia; que não aparelhe a máquina pública; que não viva de circunstância, como ocorre há muito anos; e que tenha atitude para debelar a inflação e impedir a desindustrialização".
Com relação à criação do novo partido, o PSD, formado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Aécio Neves avaliou que a sigla "nasce sem identidade. Não podemos, no entanto, deixar de criar vínculos", afirmou, acrescentando que o PSDB deve parar de se preocupar com os outros, procurando encontrar o seu próprio caminho.
O senador aproveitou a ocasião para alfinetar o governo da presidente Dilma Rousseff, que anunciou a concessão de aeroportos à iniciativa privada. "Petistas de todo o Brasil, bem-vindos ao maravilhoso mundo das privatizações", ironizou.
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