Aécio: críticas de que Dilma tem falhado na economia| Foto: Thiago Chaves/Frame

Num esforço para viabilizar uma candidatura competitiva para a sucessão presidencial, o PSDB pretende tornar o senador mineiro Aécio Neves o principal porta-voz da sigla em 2013. A ideia é focar a sua munição eleitoral na presidente Dilma Rousseff, candidata do PT em 2014. O projeto da sigla para a disputa ao Palácio do Planalto tem sido conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem a sigla só terá chances de derrotar o PT na corrida eleitoral se passar a fazer uma "oposição contundente" ao governo federal.

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O próprio Aécio, que já iniciou sua pré-campanha à sucessão presidencial, reforçou em reunião com tucanos que é hora de fazer críticas à atual presidente, e não somente ao seu antecessor, o ex-presidente Lula, recentemente acusado de ter autorizado o mensalão. O diagnóstico de dirigentes tucanos é de que, nos últimos anos, o partido errou ao ter poupado Dilma de críticas duras, o que, segundo eles, teria contribuído para o aumento de sua popularidade.

"Ou o PSDB engrossa a voz oposicionista ou não sobe a rampa do Palácio do Planalto. O partido tem ficado aquém das expectativas em matéria de veemência", diz o líder do PSDB no Senado, o paranaense Alvaro Dias.

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Na formulação de um novo discurso, que pavimente uma candidatura presidencial, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, tem se reunido regularmente com economistas, entre eles Armínio Fraga e André Lara Resende, e falado com o cientista político Antonio Lavareda, especialista na área de marketing político. Em boa parte dos encontros, Aécio tem acompanhado o dirigente da sigla. O partido discute retomar as suas bandeiras políticas à frente do governo federal, como as parcerias com a iniciativa privada e a estabilização da economia, e propõe fazer um embate público com o PT, sobretudo no campo da ética.

Em conversas reservadas, FHC tem reconhecido que a disputa eleitoral será dura e afirma que chegou a hora de fazer críticas às gestões petistas. O comando da sigla defende que o novo discurso incorpore teses como a de que a "herança bendita" do PSDB no governo federal "está chegando ao fim" e de que Dilma tem falhado em sua política econômica "intervencionista".