O pré-candidato do PSDB à Presidência da República Aécio Neves subiu nesta segunda-feira (21) o tom da suas críticas ao governo federal ao apontar promessas "repetidas em vão" e "humilhação" de prefeitos pelo Planalto.
O senador também citou "escândalos em série" que envolveriam o governo e que, segundo ele, "tomaram de assalto" o Brasil. "O país nos cobra exaltado e indignado a necessidade de uma reforma política, onde não haja mais qualquer espaço para a conivência, o aparelhamento, o compadrio político, o desvio de conduta e a corrupção endêmica que tomou de assalto o Estado nacional", afirmou.
Aécio foi o orador oficial da cerimonia de celebração da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG), convidado pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP), seu aliado. Ganhou assim um espaço político em pleno feriado para se manifestar contra o governo Dilma Rousseff.
O presidente nacional do PSDB se referiu à cerimônia como "a mais importante tribuna de Minas quando Minas fala ao Brasil". E acenou aos prefeitos ao criticar a "insolvência e insuficiência financeira" das gestões municipais motivada, segundo Aécio, pela falta de um pacto federativo. "Esperamos a hora em que finalmente a solidariedade política e o espírito público libertarão os senhores prefeitos do ferrolho da crônica dependência e das humilhantes obrigações em reverência ao poder central", disse o tucano.
Aécio criticou o que classificou como "forte recrudescimento da violência" no país, a "insuficiente e irresponsável" forma de tratar a saúde e problemas da educação que, para ele, comprometem valores da sociedade. E voltou a falar em corrupção. "O país também nos exige rigor, responsabilidade e autoridade para condução dos negócios de Estado e rechaça de forma vigorosa os escândalos em série, intermináveis, que nos humilham como povo, que reduzem nossa dimensão perante a comunidade internacional. Não é esse o Brasil que queremos", disse.
No palanque de 21 de abril com Aécio na vitrine, não faltaram pedidos de voto. "Senador Aécio, sua vez chegou: Minas vai elegê-lo presidente da República", discursou o prefeito de Ouro Preto, José Leandro Filho (PSDB).
Na platéia dos convidados, um grupo do PSDB jovem gritou "Aécio presidente". O governador Pinto Coelho, anfitrião, disse que "o sonho de Minas está mais vivo do que nunca".
Entrevista
Em entrevista antes do discurso, Aécio disse que sua intervenção foi pensada "com os dois olhos no retrovisor, mas sobretudo no futuro do Brasil".
Segundo ele, foi um discurso sobre "o sentimento que não é mais só de Minas"."O Brasil precisa praticar valores como a ética e o respeito até aos adversários na disputa política. Há um sentimento de cansaço e de indignação em relação a muito do que assistimos hoje de forma corriqueira", afirmou.
Ele voltou a defender a aprovação da CPI da Petrobras e disse que estará em Brasília amanhã para esperar o posicionamento da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre o pedido da oposição para que seja garantida investigação específica na comissão."A CPI da Petrobras não é demanda da oposição, é da sociedade brasileira", disse.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Lula ganha aliado europeu no acordo Mercosul-UE e acerta venda de aviões da Embraer
Projeto que eleva conta de luz em 7,5% avança no Senado e vai para o plenário
Deixe sua opinião