A pedido das empresas que disputam o contrato que a Força Aérea Brasileira (FAB) pretende assinar para comprar 36 novos aviões de combate, o Comando da Aeronáutica voltou a prorrogar o prazo para que as concorrentes apresentem novas e melhores propostas de vendas de seus caças. A francesa Dassault, a sueca Saab e a norte-americana Boeing terão até o próximo dia 2 para fazerem novas ofertas.

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O prazo que terminaria nesta segunda (21) havia sido fixado no último dia 11. Na ocasião, o Ministério da Defesa justificou a primeira prorrogação alegando a necessidade da Dassault, fabricante dos aviões militares Rafale, formalizar uma proposta comercial compatível com os parâmetros prometidos pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante sua visita ao Brasil, entre os dias 6 e 7 de Setembro.

Sarkozy assinou uma série de acordos comerciais na área militar e se comprometeu a ofertar os caças Rafale ao Brasil por preços competitivos, razoáveis e comparáveis aos pagos pelas Forças Armadas francesas.

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Em razão da própria disputa comercial, ainda não há valores oficiais sobre o custo da aquisição, mas, com base em outros casos, estima-se que gire entre US$ 4,5 bilhões e US$ 7 bilhões.

Na semana passada, o vice-ministro da Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, afirmou que tanto o governo sueco, quanto a Saab, fabricante do Gripen NG, estão interessados em ter o Brasil como parceiro. Os suecos disseram que podem oferecer o caça pela metade do preço, e também transferir a tecnologia necessária para que o Brasil possa, futuramente, desenvolver suas próprias aeronaves.

Em nota divulgada no último dia 11, o Comando da Aeronáutica manifesta a expectativa de que todo o processo de análise técnica esteja concluído até o fim de outubro, quando os resultados técnicos serão entregues ao ministro da Defesa, Nelson Jobim,. A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o Comando da Aeronáutica, os concorrentes estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação; participação da indústria nacional,; e aspectos operacionais e comercial. O domínio do sistema de armas irá garantir que o Brasil use, sem qualquer restrição, os armamentos próprios, já existentes ou a serem desenvolvidos.

Consultada pela reportagem, a assessoria da Aeronáutica não soube informar se algum dos três concorrentes já havia entregue sua proposta final.

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