Os aeroportuários (pessoas que trabalham nos aeroportos) de São Paulo, Campinas e Manaus prometem entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, dia 11, às vésperas da abertura dos Jogos Pan-Americanos, que começam no dia 13 no Rio de Janeiro. A paralisação foi decidida nesta manhã em assembléias que ocorreram nos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Eduardo Gomes, respectivamente. No Rio de Janeiro, a assembléia da categoria está marcada para segunda-feira. A paralisação inclui o trabalho dos controladores de vôo nestes três terminais. Se a paralisação se confirmar, a chegada dos turistas e dos atletas que vão disputar a competição será afetada, comprometendo a imagem do país.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), José Gomes de Alencar Sobrinho, disse que serão afetados os serviços administrativos e de manutenção dos aeroportos, além do controle do tráfego aéreo. Os aeroportuários também são responsáveis pela conferência de bagagens no embarque e desembarque, chegada e saída de aeronaves no pátio de manobras e liberação de cargas.
Os trabalhadores reivindicam 33,25% de reajuste salarial, relativo às perdas acumuladas desde o início do Plano Real, em 1994. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) ofereceu 4% de aumento e a proposta foi recusada. Até agora, foram realizados seis encontros entre a empresa e os trabalhadores. De acordo com o sindicalista, embora as assembléias tenham decidido pela paralisação, as negociações estão abertas e devem ocorrer nos próximos dias.
O sindicalista disse que espera que o governo se sensibilize com o movimento da categoria. Embora ele não afirme que se trata de pressão, a realização de um movimento grevista dias antes da abertura do evento esportivo mais importante das Américas coloca a Infraero numa situação delicada.
- A idéia é parar o país. Espero que o governo e a Infraero se sensibilizem. Não queremos colocar ninguém na parede, mas o governo precisa entender que essa categoria é importante - disse José Gomes de Alencar, do SINA.
Em todo o país, são 10.500 trabalhadores. Destes, 3 mil ficam em São Paulo e 2 mil no Rio. Os aeroportuários têm data-base em 1º de maio.
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