O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, disse nesta quarta-feira não estar preocupado com a ameaça de partidos, como DEM e PTB, de ingressarem na Justiça Eleitoral contra a criação do Partido Social Democrático (PSD), sigla da qual é um dos fundadores após anunciar sua saída do DEM. Em evento, na capital paulista, ele avaliou que a nova legenda surpreendeu pelas adesões e ressaltou que será difícil impugnar a sua formação.

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"A preocupação é deles, não é nossa. Ou seja, é normal, natural, porque a presença do novo partido surpreendeu, surpreendeu pela adesão. Então se busca de todas as formas dificultar, mas vai ser difícil", afirmou, após participar de cerimônia para a assinatura de convênios para a construção de unidades habitacionais.

O vice-governador informou que o PSD já tem um "número suficiente" de assinaturas para pedir o registro da nova sigla à Justiça Eleitoral. A sigla precisa coletar um total de 482 mil assinaturas. "Agora é preciso ter um número bem maior, para exatamente suprir aquelas que possam não ser aceitas pela Justiça", disse.

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Segundo ele, as assinaturas devem ser entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda quinzena de julho, uma vez que, para concorrer em 2012, o PSD precisa obter o registro até o mês de outubro, um ano antes da disputa. O vice-governador defendeu ainda a fiscalização das assinaturas pela Justiça Eleitoral, que, segundo ele, tem de checar se elas correspondem aos eleitores.

Em Santa Catarina, a Justiça Eleitoral pediu esta semana que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito após indícios de fraude na coleta de assinaturas para a criação do PSD. Os advogados do DEM foram orientados também a fazer denúncias aos Ministérios Públicos Eleitorais sobre quaisquer indícios de irregularidades na coleta das assinaturas. "A Justiça Eleitoral tem por obrigação fazer a checagem para saber se corresponde àquele eleitor. É trabalhoso, são cerca de 500 mil assinaturas, que têm de ser conferidas uma por uma", defendeu Afif.