O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou menos de 40 minutos na solenidade de entrega do prêmio de direitos humanos, nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto. Deixou a cerimônia, segundo o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, por causa de uma forte gripe. O tempo que ficou na cerimônia foi suficiente para entregar os prêmios e ouvir cobranças para intensificar a reforma agrária.
- Eu gostaria de fazer um pedido: que faça de fato a reforma agrária. Fazendo a reforma agrária, a mortalidade no campo acabará e a impunidade não reinará - disse a trabalhadora rural Maria Joel Dias da Costa, que recebeu o prêmio na categoria Dorothy Stang, juntamente com a organização não-governamental Terra de Direitos.
Durante a cerimônia, o presidente assoou o nariz diversas vezes. Vanucchi disse que a recomendação médica para Lula era repouso, mas o presidente ainda participou da reunião do conselho político e de encontro com representantes da União Nacional da Construção.
Também foram premiados: o juiz Luís Jorge Silva Moreno, de Santa Quitéria do Maranhão, e o Tribunal de Justiça de Pernambuco, pela campanha "Ele é meu pai - paternidade: reconheça esse direito", na categoria registro civil de nascimento; Pedro Strozenberg, da ONG Viva Rio, e a Casa da Mulher no Tocantins, na categoria enfrentamento à violência; Adilson Ventura, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), e a ONG Educafro, na categoria enfrentamento à discriminação.
Na categoria garantia dos direitos da criança e do adolescente, os premiados foram: dom Luciano Mendes de Almeida (em memória) e o Instituto Papai. Na categoria promoção aos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais: o advogado Aton Fon Filho (que atende os movimentos sociais, como o MST) e Warã Instituto Indígena Brasileiro. Na categoria educação em direitos humanos, foram distribuídos prêmios para estudantes do ensino médio e superior.
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