Afonso Pena opera acima da capacidade
Se na questão de novas rotas o Aeroporto Afonso Pena ainda tem um certo fôlego, na questão de passageiros a situação se inverte.
A edição do último domingo (29) da Gazeta do Povo mostrou que o aeroporto está saturado - operando acima da capacidade.
De acordo com a Infraero, o terminal de passageiros comporta 3,5 milhões de pessoas ao ano e, em 2006, passaram pelo local 32.234 pessoas a mais.
O limite, segundo a reportagem, será extrapolado para valer este ano, já que o movimento no aeroporto aumentou acima da média nacional e já é 10% maior que o registrado no primeiro semestre do ano passado.
O anúncio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que redesenha a malha aérea no Brasil coloca o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, numa posição estratégica. Pelo plano do governo federal, anunciado por Jobim nesta quinta-feira (2), caberá ao Afonso Pena ficar com as conexões dos vôos para o Sul do Brasil. O problema é que o aeroporto paranaense já opera no limite nos horários de pico.
Com a apresentação da nova malha aérea, o movimento de vôos no Afonso Pena vai aumentar. Daí a nova preocupação. Apesar de não quantificar, a assessoria da Infraero informou que as operações nos horários de pico, isto é, início dos três turnos (manhã, tarde e noite), estão no limite. Seria oportuno e viável que os novos vôos sejam programados para horários "mais tranqüilos" - fugindo do pico no fluxo.
Se assim vier, a assessoria da Infraero adianta que o Afonso Pena teria condições de acolher as novas rotas. Em caso contrário, a Infraero deve fazer um estudo para saber se o aeroporto tem capacidade para suportar os novos vôos. Tudo, por enquanto, está no campo da conjectura.
A assessoria da Infraero informou que existem passos burocráticos para que o Afonso Pena receba novos vôos. Um deles é a consulta por parte da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) à Infraero do Afonso Pena para saber das condições do aeroporto para receber novas rotas. Até as 18h desta quinta, a Infraero não tinha recebido qualquer tipo de consulta - e quando isso acontecer caberá ao superintendente Antônio Felipe Barcellos respondê-la para que as novas rotas sejam efetivadas.
Infraero confirma ampliação da pista para 2.590 metros
Se o aumento das rotas ainda está sendo discutida, a ampliação da pista do Afonso Pena já é uma realidade. Barcellos adiantou, em entrevista ao Paraná TV, que a pista do Afonso Pena será ampliada em 375 metros - vai passar dos atuais 2.215 para 2.590 metros. "Está se iniciando os estudos e, posteriormente, a execução da ampliação da pista para melhorar a performace na capacidade de cargas", disse.
A questão das cargas é uma reivindicação dos empresários. Ainda de acordo com o Paraná TV, as empresas paranaenses exportam por via aérea 14 mil toneladas de produtos por ano. Mas, por causa do comprimento da pista, apenas 4% disso saem do Paraná. O restante vai de caminhão para aeroportos de outros estados - principalmente São Paulo. O aeroporto de Guarulhos exporta 53% dos produtos produzidos no Paraná. Para o vice-presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Ardisson Akel, a construção da terceira pista resolveria este problema. Entretanto, uma nova pista está descartada por Barcellos.
Mais um dia de atrasos e cancelamentos no Afonso Pena
Alheios as mudanças do governo federal, os passageiros do Afonso Pena enfrentaram, novamente, transtornos nesta quinta-feira. Segundo dados repassados pela Infraero, até as 17h eram previstas 117 operações - entre pousos e decolagens. Onze vôos sofreram atraso superior a uma hora e outros 15 foram cancelados - sendo que a maioria tinha com destino a cidade de São Paulo.
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