Em um depoimento acompanhado apenas por quatro senadores, o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia negou ontem envolvimento em supostos desvios de recursos da Casa. Ao prestar explicações por cerca de uma hora à Mesa Diretora do Senado, Agaciel partiu para o ataque contra João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos da Casa, que lhe acusou de comandar o esquema de corrupção na instituição.
Agaciel disse que Zoghbi é alguém "desesperado" e que ataca para tentar ocultar o seu envolvimento no esquema de corrupção. "O que o Zoghbi fez comigo foi uma sacanagem para tirar o dele e colocar o meu. Ele lançou que eu era sócio de todas as empresas (que firmaram contratos com a Casa para operações de empréstimo consignado). Não fui, não sou e nem pretendo ser", disse Agaciel.
Zoghbi também foi ouvido por um pequeno grupo de senadores, mas voltou atrás nas acusações contra Agaciel. Nervoso e acompanhado do seu advogado, Zoghbi pediu desculpas ao ex-diretor-geral do Senado. Agaciel prestou depoimento sozinho e adotou postura de confiança ao se explicar para os parlamentares. Os dois depoimentos ocorreram separadamente, sem acareação entre os ex-diretores.
Denúncias
Zoghbi é suspeito de usar o nome de sua ex-babá, Maria Izabel Gomes, 83 anos, que mora na casa dele, para abrir três empresas DMZ Consultoria Empresarial, DMZ Corretora de Seguros Ltda e Contact Assessoria de Crédito Ltda. A suspeita é de que parte do faturamento dos últimos anos dessas empresas, cerca de R$ 3 milhões, teria como origem contratos assinados pelo Senado.
Zoghbi acusou Agaciel de comandar um esquema de fraudes na Casa Legislativa. O diretor chegou a afirmar que senadores Efraim Morais (DEM-PB) e Romeu Tuma (PTB-SP) estariam envolvidos nas irregularidades, mas depois recuou das denúncias em depoimento à Polícia Legislativa.
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