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Petista poderá ter dois palanques em Pernambuco
Agência O Globo
Sem o apoio daquele que até o final do ano passado era o seu maior aliado em Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB), a presidente Dilma Rousseff já pode contar com palanque duplo no estado, caso o PT e o PTB tenham candidatos próprios na disputa pelo governo. Foi o que deixaram claro ontem os senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT), pré-candidatos à sucessão estadual.
"Temos boas perspectivas. Nós (o PT e o PTB) temos posições convergentes. Essa questão de ter uma ou duas candidaturas, faremos o que a melhor estratégia apontar. O fato é que estaremos juntos no palanque de Dilma", afirmou Monteiro Neto. Mais discreto, Humberto Costa preferiu generalizar. "A nossa aproximação é com todos os partidos que podem estar com Dilma. As conversas envolvem não só o PTB, mas também o PP, o PCdoB, o PDT."
A presidente Dilma Rousseff visitará o Paraná pela quinta vez em 2013 nesta semana. Amanhã, ela estará em Curitiba para anunciar obras de mobilidade na cidade. Depois, segue para Foz do Iguaçu, onde participará da inauguração de obras no aeroporto e na usina de Itaipu. Desde o início do ano, ela já teve atividades em outras cinco cidades, em diferentes regiões do estado. Chama a atenção a diversidade de eventos: em um mesmo dia, por exemplo, ela visitou uma feira agropecuária em Cascavel, voltada ao agronegócio, e um assentamento do Movimento dos Sem Terra (MST) em Arapongas.
INFOGRÁFICO: Veja quais cidades do Paraná a presidente já visitou este ano
Para os padrões do governo Dilma, o número de visitas ao Paraná em um só ano é alto. Ela visitou o estado apenas duas vezes nos seus dois primeiros anos de mandato. Em julho de 2011, esteve em Francisco Beltrão, no sudoeste do estado, para participar do lançamento do Plano Safra 2011/2012. No mesmo ano, em outubro, fez sua primeira visita oficial a Curitiba. Ao lado do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), a presidente anunciou a liberação de verbas para o metrô.
Dois anos depois, Dilma voltará à cidade para falar sobre os investimentos do governo federal no metrô curitibano, cujo projeto foi totalmente reformulado desde a visita. Além disso, ela deverá anunciar outros investimentos em mobilidade urbana, como a conclusão da Linha Verde e a reforma dos corredores de ônibus.
Já em Foz do Iguaçu, na região Oeste do estado, ela vai visitar as novas instalações do terminal de passageiros do aeroporto e participará da inauguração de um sistema de transmissão elétrica em Itaipu. Em maio, a presidente cancelou uma visita à cidade por causa de compromissos em Brasília. Ela acompanharia uma força tarefa das Forças Armadas para coibir o tráfico de armas e drogas na fronteira, e visitaria também o município vizinho de São Miguel do Iguaçu.
O aumento no número de viagens de Dilma ao Paraná segue uma mudança no perfil das aparições da presidente ao longo da gestão. No terceiro ano de mandato, ela intensificou sua presença em inaugurações e outros eventos públicos, além de fazer mais pronunciamentos em rede nacional. Redutos políticos da oposição ao governo federal, como o Paraná, têm sido priorizados nessas viagens a presidente já esteve oito vezes em Minas Gerais, terra do pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), nos últimos três meses.
As passagens de Dilma pelo estado visaram públicos bastante distintos. Em uma mesma viagem, em fevereiro, ela prestigiou o setor do agronegócio em uma feira em Cascavel e visitou um assentamento do MST, em Arapongas. Já em Ponta Grossa, a nova classe média foi o foco, com uma entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Os militantes petistas também foram prestigiados pela presidente, que participou de um seminário sobre os dez anos do partido no poder, em Pinhais.
Presidente usa rede social para parabenizar Lula por aniversário
Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff usou o Twitter para felicitar o ex-presidente Lula pelo seu aniversário de 68 anos, comemorado ontem. "Hoje é o aniversário do grande brasileiro e amigo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu Dilma. Ela encerrou a série de postagens com a frase: "Parabéns, Lula!".
A presidente aproveitou para lembrar que o aniversário de Lula coincide com o do Bolsa Família, que ela chamou de "maior programa de inclusão social da história". Ela lembrou ainda que o Bolsa Família permitiu que 36 milhões de brasileiras e de brasileiros saíssem da miséria e complementou defendendo que "não basta o PIB crescer, não basta a economia crescer, tem de crescer para todo mundo".
"Um país desenvolvido é um país que tem toda a sua população vivendo com dignidade", acrescentou. A presidente utilizou a hashtag ferramenta para marcar tópicos de discussão #DiadoLula em suas postagens.
Resposta aos protestos
Para acelerar as "respostas" de Dilma aos protestos de junho, a Caixa Econômica Federal passou a escalar tutores com o objetivo de orientar os projetos de mobilidade urbana de estados e municípios. O governo federal ainda deu a governadores e prefeitos a opção de financiar os projetos de engenharia e estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos empreendimentos.
Um dos pactos foi a liberação de R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana em grandes cidades. O total de pedidos dos administradores estaduais e municipais chegou a R$ 84,4 bilhões, mas até agora só foram anunciados R$ 19 bilhões em investimentos. O governo federal argumentou, na divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que parte considerável da demanda não possuía projetos em condições adequadas para serem licitados.
Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, a instituição foi convocada para cumprir papel semelhante ao que desempenhou no auxílio aos prefeitos na confecção de projetos de saneamento básico, em parceria com o Ministério das Cidades. O banco tem equipe própria de engenheiros, arquitetos, técnicos e analistas que auxiliam em todos os processos, desde a análise dos projetos a soluções burocráticas com a documentação e o acompanhamento das obras. A Caixa chega a colocar um representante do banco dentro da esfera do governo para tornar mais ágil os programas, contratos e convênios.
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