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O comitê de empresários pró-Lula prepara documento com pleitos de arrepiar o PT: reformas trabalhista e previdenciária e autonomia do Banco Central. "São assuntos fundamentais para o país, que precisam ser discutidos", diz Lawrence Pih, do Moinho Pacífico. O grupo pretende entregar o texto em agosto. A adesão, por ora, é tímida: o núcleo conta com 12 apoiadores, contra cem que integraram comitê similar em 2002. O desfalque mais emblemático é Oded Grajew, que se afastou do PT após o mensalão. O comitê disse ao comando de campanha que não vai arrecadar fundos, mas os empresários devem ajudar. O PT não pretende mexer no programa de governo para contemplar a agenda do grupo.Sem bandeira – Em reunião no interior de Goiás no início de junho, a direção do MST determinou apoio a Lula, mas decidiu não fazer campanha aberta pela reeleição. O discurso é que haveria divergências com o petista.

Amigo oculto – Na verdade, o afastamento do MST – que repete a postura discreta que teve em 2002 – é uma estratégia combinada com o PT para evitar o desgaste da associação com o movimento.

Repaginado – Na foto oficial de campanha, Lula ostenta um broche com a bandeira brasileira no peito. Em 2002, aparecia nos santinhos e cartazes com a estrelinha do PT.

Ovos na cesta – O crescimento do espaço do PMDB no governo, semana passada, inclui também Fernando Fialho, que tomou posse como diretor-geral da Antaq. Apesar de ser cearense, foi indicado por José Sarney.

Revoada – Caciques tucanos aproveitaram a ida de Geraldo Alckmin à Europa para também fazer uma pausa. O coordenador de campanha do presidenciável, Sérgio Guerra, foi para os Estados Unidos, e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, para a Alemanha.

Amadorismo – Comentário de um ex-integrante do governo Fernando Henrique Cardoso com assento na coordenação da campanha de Alckmin: "Parece um grêmio estudantil. Todos querem fazer tudo e ninguém faz nada".

Ele é meu 1 – Eduardo Campos vai usar a "parceria" com Lula como mote de sua campanha de tevê ao governo de Pernambuco. Na convenção do PSB, o destaque era uma enorme foto do deputado com o presidente.

Ele é meu 2 – Já Humberto Costa (PT) iniciou a campanha ao governo do estado na favela recifense Brasília Teimosa, a mesma visitada pelo presidente e ministros após a eleição de 2002.

Bicadas – Não bastasse a guerra entre Tasso Jereissati e o governador Lúcio Alcântara, o PSDB do Ceará perdeu um puxador de votos para a Câmara: o deputado Antônio Cambraia desistiu da disputa.

Vestibular – O escândalo do mensalão não diminuiu o apetite pela política, ao contrário do que se previa. Em São Paulo, há agora 2.780 candidatos para todos os cargos somados, contra 2.200 de 2002.

Meio expediente – Mesmo com a enxurrada de processos de deputados "sanguessugas" prestes a chegar à Câmara, o Conselho de Ética da Casa vai funcionar apenas um dia por semana nos meses de agosto e setembro.

Boas festas – O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), já avisou que não votará nenhum processo de "sanguessuga" antes da eleição. "É impossível. Vai tudo ficar para depois de outubro."

Pausa – Aldo Rebelo (PC do B-SP) também não quer reunir a Mesa enquanto não se resolver a situação de João Caldas (PL-AL) e Nilton Capixaba (PP-RR). Assim, o processo contra B. Sá (PSB-PI) também fica na gaveta.

TIROTEIO

* Do deputado Eduardo Paes, candidato ao governo do Rio pelo PSDB e integrante da já concluída CPI dos Correios, sobre o presidente ter dado a direção da empresa estatal ao PMDB em troca de apoio:

– Ao lotear de novo os Correios, Lula repete o erro. Na certa, seu próximo passo será reintegrar Delúbio Soares à tesouraria da campanha do PT.

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