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Os agentes penitenciários de São Paulo podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) acredita que a adesão à paralisação será total. A categoria reivindica o pagamento de um bônus, no valor de R$ 400, por tempo indeterminado.

Porém, a proposta de bonificação, encaminhada pelo governo à Assembléia Legislativa na semana passada, determina que o pagamento do adicional ocorra só até dezembro deste ano. Segundo diretor do Sindasp em São Paulo, Ubirajara Firmino Rodrigues, o sindicato não localizou o projeto de lei na assembléia para modificar este item. A proposta tem de ser aprovada pelos deputados e ratificada pelo governador.

O sindicato também reivindica ao secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, a adequação à lei que permite o porte de arma para agentes penitenciários.

- A lei já existe, mas o secretário é contra. Uma parcela dos agentes quer ter direito ao porte e, para isso, basta que a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) forme uma comissão e ofereça treinamento adequado de tiro e acompanhamento psicológico - afirmou Ubirajara. Os servidores ainda querem discutir a segurança no local de trabalho.

Em nota, a SAP declarou que "o momento é inoportuno para qualquer tipo de reivindicações com paralisação."

Se houver a greve, dos 18 mil agentes penitenciários na ativa, 30% realizarão trabalhos essenciais dentro dos presídios, como manutenção emergencial do prédio, alimentação dos detentos e atendimento hospitalar, além de cumprir as determinações de alvarás de soltura e levar os presos a júri. Os demais serviços devem ser suspensos por tempo indeterminado.

- Chegamos a fazer o acompanhamento dos presos em audiências nos fóruns. Isso, por exemplo, não faremos mais - ressaltou Ubirajara.

Há cerca de 21 mil agentes penitenciários em todo o estado, segundo o sindicato. Mas, cerca de 3 mil estão afastados ou readaptados. Só na Capital , trabalham 8 mil agentes. Os servidores cuidam de 130 mil presos, distribuídos em 144 unidades de regime fechado, semi-aberto e provisório.

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