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Agentes penitenciários intensificaram a greve em protesto contra os ataques promovidos por uma facção criminosa. Os sindicatos da categoria afirmam que 45 unidades aderiram à paralisação. O governo confirma apenas 19 unidades.

A nova paralisação é um protesto pela morte do agente penitenciário Paulo Gilberto de Araújo, que ocorreu na manhã de sexta-feira. Foi o sexto agente morto desde junho, supostamente pela facção criminosa que comandou uma série de atentados por todo o estado de São Paulo. No sábado, segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), pelo menos 30 das 144 unidades prisionais do estado aderiram ao protesto. O banho de sol e a visita aos presos foram suspensos nas unidades que aderiram ao pedido do sindicato. Segundo a SAP, apenas os serviços básicos, como alimentação e medicação, foram mantidos nas unidades paralisadas.

As regiões do estado mais afetadas, segundo a secretaria, foram a área metropolitana de São Paulo e a zona oeste do estado, onde nove unidades ficaram paradas.

- Algumas regiões não aderiram à paralisação, principalmente fora da Grande São Paulo, porque o pessoal ficou com receio de atrapalhar a visita (dos familiares aos presos) e ter problemas depois - disse o presidente do Sifuspesp, João Machado.

O sindicalista fez questão de salientar que as paralisações são em razão dos ataques.

- Não é contra o preso, não estamos querendo aumento de salário ou outra coisa. É exatamente em respeito e luto pela morte do companheiro e ao que está acontecendo a categoria. Estamos sendo atacados, mortos em uma briga que não é nossa. Viramos alvos do combate de presos e a polícia - diz.

Para Machado, a liberação do porte de arma a agentes vai trazer mais segurança.

- É uma das nossas reivindicações desde 1999 - disse.

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