O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), afirmou nesta terça que as acusações de corrupção que envolvem o seu nome "não merecem crédito" e fazem parte de uma estratégia para "chamar a atenção da imprensa para coisas montadas".
Hoje, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF, deputada Celina Leão (PSD), deve entregar ao Ministério Público e à Polícia Federal áudio de gravação em que um lobista diz ter pago propina ao governador em 2008, quando Agnelo era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O dinheiro seria parte de um suborno para a obtenção de licenças para um laboratório.
"Aqui eu derrotei uma organização criminosa que estava governando o DF. Essa prática se repete, podem observar em todas as denúncias, é compra de testemunha para tentar desestabilizar e tentar voltar ao poder no DF", disse Queiroz, referindo-se ao governo do ex-presidente José Roberto Arruda.
"Instalei aqui uma secretaria de transparência, e botei um bocado de empresas que estavam nessa corrupção como inidôneas. Um bocado de investigação que recai sobre essas pessoas. Essas pessoas querem continuar a mesma prática, chamar a atenção da imprensa para coisas montadas. A mentira, a falsidade, isso não prevalece", disse Agnelo, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.
Sobre o lobista Daniel Almeida Tavares, Agnelo disse que Daniel "era uma pessoa amiga minha". Por e-mail, o governador do DF alega que o dinheiro "foi a devolução de uma quantia concedida em empréstimo à referida pessoa (Tavares)".
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