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O governador Distrito Federal e ex-ministro do Esportes, Agnelo Queiroz, rebateu as acusações do atual titular da pasta, Orlando Silva, de que foi por sugestão do antecessor que recebeu João Dias, o PM cuja ONG firmou convênio suspeito com o órgão.

Queiroz, que chegou nesta quarta-feira (19) à Suíça para acompanhar o anúncio das datas e locais dos jogos da Copa do Mundo de 2014, afirmou que as denúncias sobre sua participação em esquemas de desvio de verbas em seu ministério não são de sua responsabilidade.

"Passei seis anos no ministério e, quando saí, tive minhas contas todas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Não houve um único processo contra mim, nem de Segundo Tempo nem de outra coisa. Essa é a realidade de meu mandato. Fora disso, quem responde é o próximo ministro. A responsabilidade é dele", disse o governador.

Queiroz disse ainda não lembrar de ter encaminhado o PM a Orlando, ainda que tenha identificado João Dias Ferreira como colega de partido, o PCdoB: "Sequer lembro disso, imagina se vou me lembrar de todas as pessoas que encaminho para as áreas respectivas. Se ele (Orlando) lembra, tudo bem. Mas não há maldade em receber as pessoas e executar projetos dentro da lei. Conhecia o policial, que foi candidato a deputado e fez campanha com minha coligação. É uma relação política".

O governador também comentou as acusações de que recebeu R$ 256 mil em propinas como parte das fraudes do Segundo Tempo, um programa de repasse de verbas para ONGs ligadas ao esporte, criado na gestão de Queiroz no ministério. Segundo o ex-ministro, trata-se da mesma acusação feita durante a campanha eleitoral de 2010 por seu principal adversário, Ueslian Roriz. Queiroz quer que a denúncia seja investigada como forma de encerrar o que classificou como uma acusação pueril.

"Não há uma denúncia nova, apenas essa mentira. Quero mais é que seja investigado, porque denúncia precisa fazer o percurso normal. Será a oportunidade de desmoralizar para que não seja algo que ficou falado apenas na campanha como parte da luta política".

Embora tenha se esquivado de críticas a Orlando, com quem disse ter uma ótima relação, Queiroz fez questão de dizer que o sucessor foi quem conduziu a maioria dos projetos do Segundo Tempo nos tempos em que ocupou a secretária-executiva do ministério. O governador, porém, não acredita que as denúncias sejam represálias por parte de Orlando.

"Temos uma ótima relação com o ministro e bastante sintonia com o Ministério do Esporte. Não acredito que a denúncia tenha vindo dele (Orlando). É um caso muito baixo, ele jamais estimularia uma coisa dessas".

No entanto, quando perguntado se o sucessor deve sobreviver ao escândalo, o governador foi evasivo: "Hoje sou governador do Distrito Federal. Não posso entrar em méritos dessa ordem."

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