Foi em reunião na noite de segunda que a campanha de Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara, alarmada com o crescimento de Ciro Nogueira (PP-PI), concluiu que o Planalto teria de colocar os tanques na rua por seu candidato.

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Príncipe abatido – O antes sorridente Ciro acusou o golpe do rolo compressor montado para tirá-lo do 2.º turno. "O governo tem tanto medo assim de mim? Um garoto de 36 anos?", queixou-se o herdeiro de Severino Cavalcanti (PP-PE).

Folclore 1 – Aldo Rebelo ostenta em seu currículo parlamentar o Projeto de Lei 2.772/2003, que instituiu 31 de outubro como o "Dia Nacional do Saci Pererê".

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Folclore 2 – A iniciativa levou a oposição a batizar Aldo de "candidato de uma perna só". O governo não liga. Está convencido de que pode carregá-lo até o 2.º turno e de lá para a cadeira de Severino.

Fora do padrão – Um parlamentar petista comenta o empenho do governo por seu candidato: "É incrível que o Lula esteja trabalhando para o Aldo. Ele não costuma trabalhar para ninguém".

Corpo a corpo – De um dos coordenadores da campanha de Aldo sobre a expectativa de uma madrugada em claro em busca de apoios de última hora: "Se me virem atracado com homem, não separa não, porque não é briga: é voto".

Causa comum – Um café da manhã na casa do líder da bancada do PP, José Janene (PR), reuniu deputados desse partido e do PL em torno de um pacto: se Ciro Nogueira não for ao 2.º turno, as duas siglas mais relacionadas ao "mensalão" fecharão questão a favor de Aldo Rebelo e contra o pefelista José Thomaz Nonô (AL).

Ato falho – "São decisões que eu tenho de tomar." "Eu sou o responsável por essa sala de investimentos." Chama a atenção, nas menções de José Dirceu a seu passado de ministro, o uso freqüente dos verbos no tempo presente.

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No laço – O governador Paulo Souto (BA) teve de entrar em campo para evitar nova baixa de peso para o PFL: no domingo, impediu que o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, seguisse os passos de Antônio Imbassahy, só que rumo ao PMDB.

Reserva confirmada – A convite de Milu Vilela, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, participa amanhã em São Paulo de jantar oferecido pela presidente do Centro de Voluntariado e do Instituto Itaú Cultural como parte das comemorações pelos 60 anos da Unesco.

Tabelinha – Enquanto corre a disputa pela vaga tucana na sucessão de Lula, Geraldo Alckmin ganhou o voto de Tasso Jereissati, futuro presidente do PSDB, na eleição de "político do ano" da Fundação Luso-Brasileira. O governador viajou a Lisboa com Tasso para receber hoje o prêmio.

Outro lado – A TSL Ambiental, que doou R$ 100 mil para duas candidatas petistas à Câmara paulistana, diz não possuir vínculos com a GDK, investigada pela CPI dos Correios. As duas empresas têm contratos com a Petrobrás.

TIROTEIO

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* Do pefelista Pauderney Avelino (AM) sobre a operação deflagrada pelo Palácio do Planalto na tentativa de eleger Aldo Rebelo presidente da Câmara:

– Depois das sucessivas derrotas e da queda em praça pública da máscara da ética, o governo do PT decidiu abandonar de vez os pruridos e passar um tratoraço sobre a Casa que ajudou a levar para a lama.