A corrente Mensagem ao Partido lançou o deputado federal Paulo Teixeira (SP) como candidato a presidente do PT com um discurso em favor da regulação da mídia. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, está sob fogo cerrado dentro da legenda por segurar o projeto sobre o tema e conceder benefícios a empresas da área. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo nesta semana o ministro disse ser "incompreensível" que o PT misture regulação da mídia com política de investimentos.
Presente ao encontro, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (RS), afirma que é preciso democratizar a opinião no país. "Você observa a grande mídia brasileira e parece que todo povo brasileiro é neoliberal e tem saudade de Fernando Henrique, mas quando saem as pesquisas se demonstra um apoio amplamente majoritário ao projeto que representa o PT", disse. "Não se trata de atentar contra o direito de propriedade nem contra a liberdade de opinião, o que nós queremos é um sistema regulatório que faça as opiniões circularem livremente, de maneira plural", completou.
Os vários discursos favoráveis à regulação foram ecoados com as declarações do próprio Teixeira. Ele afirmou que o debate não pode ser interditado e declarou que o partido vai continuar defendendo a regulamentação do artigo da Constituição que trata do tema.
"Precisamos enfrentar um tema que toda vez que falamos nele a imprensa nos acusa de restringir a liberdade de imprensa, mas nós não entendemos por que depois da Constituição de 1988 se regulamentou todos os artigos e deixou de se regulamentar um artigo, o dos meios de comunicação social. Queremos discutir esse artigo", disse Teixeira. Para ele, é preciso discutir o "monopólio" e as "concessões", lembrando que ainda há um ano e meio de governo Dilma para fazer o debate. Ele deverá enfrentar o atual presidente Rui Falcão na eleição interna.
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