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Gleisi no encontro do PT: política de aliança com partidos da base de Dilma | Wenderson Araújo/ Gazeta do Povo
Gleisi no encontro do PT: política de aliança com partidos da base de Dilma| Foto: Wenderson Araújo/ Gazeta do Povo

Obras da Copa

Ducci e Gleisi liberam R$ 181,5 mi

Adversários políticos, o prefeito Luciano Ducci (PSB) e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), se encontraram ontem para assinar a autorização da licitação de três obras viárias em Curitiba destinadas à Copa de 2014, além de um sistema para melhorar a gestão do trânsito. O pacote soma R$ 181,5 milhões, com recursos federais e da prefeitura. Estão previstos um viaduto suspenso por cabos de aço na Avenida das Torres com a Rua Francisco H. dos Santos (R$ 95,8 milhões); uma trincheira na Rua Guabirotuba sob a Avenida das Torres (R$ 13,7milhões); a reforma do terminal de ônibus da Santa Cândida (R$ 12 milhões); e a implantação do Sistema Integrado de Mobilidade, o SIM (R$ 60 milhões). O SIM é um conjunto de medidas, obras, equipamentos e softwares que deve melhorar a gestão do trânsito.

Um grupo de servidores municipais da saúde, que reivindica a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, protestou contra Ducci em frente da prefeitura no mesmo momento da solenidade.

O grupo que comanda o PT em Curitiba, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), decidiu ontem que irá apoiar Gustavo Fruet (PDT) já no primeiro turno da eleição de 2012. A resolução do CNB não cita Fruet nominalmente. Mas defende a política de alianças com outros partidos da base da presidente Dilma Rousseff em 2012, com o objetivo de apoiar um nome mais forte de uma legenda aliada. Na prática, isso significa que o PT estará com Fruet, que já manifestou interesse em compor chapa com os petistas.

A decisão foi tomada por 26 integrantes do CNB, o antigo Campo Majoritário, que tem 27 membros dentre os 45 integrantes do diretório municipal. O apoio a Fruet, porém, não será formalizado agora por força de lei. Isso porque as legendas só podem lançar candidatos ou firmar alianças oficialmente nas convenções partidárias, que só podem ocorrer, por lei, em junho de 2012.

Além disso, o partido ainda tem três pré-candidatos que não abriram mão de se lançar candidato: o deputado estadual Tadeu Veneri e os deputados federais Dr. Rosinha e Angelo Vanhoni.

"[O apoio a Fruet] é a visão de uma parcela do PT. Mas é a ala que tem a maioria", disse ontem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, integrante do CNB. Bernardo reconheceu ainda que a possibilidade de aliança vinha sendo discutida com Fruet mesmo antes de o ex-deputado deixar o PSDB, em julho. "Fize­­­mos uma movimentação prévia à saída. Mas, para a coligação, ele precisava estar em um partido aliado", disse o ministro. Fruet ingressou no PDT em outubro.

Bernardo afirmou ainda que atualmente o PT não tem nomes fortes para disputar a prefeitura de Curitiba. Com cargo importante no governo federal, argumentou Bernardo, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) deve continuar se dedicando ao projeto petista em Brasília. Vanhoni, nas palavras de Bernardo, "já foi um nome forte". Mas não seria mais.

O ministro disse ainda acreditar não há desconforto devido ao fato de Fruet ter sido adversário político do PT quando estava filiado ao PSDB. Gleisi esteve presente à reunião e declarou que a tendência do PT é repetir na esfera municipal a aproximação com os partidos da base de apoio ao governo federal.

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