Deputados da ala pró-impeachment do PMDB pretendem protocolar, por volta de 12h desta quarta-feira (9) na Presidência da Câmara, uma lista com mais de 34 assinaturas pedindo a destituição do líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). Caso os apoiamentos sejam validados e a saída do parlamentar se confirme, quem deve assumir a liderança do PMDB na Câmara será o deputado Leonardo Quintão (MG).
A coleta de apoiamentos começou na última segunda-feira (7) após o líder se negar a indicar peemedebistas antigoverno para a comissão especial do impeachment. O desentendimento também culminou no lançamento de chapa paralela para o colegiado, que derrotou chapa governista ontem por 272 a 199 votos.
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“O mínimo nós já temos e tem mais gente querendo assinar agora pela manhã. E vale ressaltar que a maioria das assinaturas conseguimos antes da votação da comissão especial”, afirmou Osmar Terra (PMDB-RS), um dos líderes do movimento pela derrubada de Picciani, ao lado dos deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Para derrubar o líder, eles precisam de apoio da maioria da bancada do partido na Câmara, composta atualmente por 66 deputados.
De acordo com Terra, Picciani foi “totalmente insensível” ao pedido da ala pró-impeachment para que dividisse as oito indicações da legenda para comissão especial. “Se tivesse dividido 5/3 ou 4/4, não teria havido ruptura. Mas ele disse que ia exercer a prerrogativa de líder para indicar quem fosse mais adequado”, contou. “Agora vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo”.
Em entrevista nesta terça-feira (8), Picciani minimizou o movimento contra ele. “Falar é uma coisa, fazer é outra. Tenho convicção de que não possuem votos para isso”, disse. Prevendo o revés, o líder anunciou que os secretários do Rio de Janeiro Marco Antônio Cabral (Esportes) e Pedro Paulo (secretário-executivo de coordenação do governo) devem retomar seus mandatos de deputado federal para apoiá-lo.
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