O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (19) que Alagoas vai precisar de R$ 11,2 bilhões para combater a pobreza nos 102 municípios alagoanos, nos próximos 10 anos. Os recursos serão negociados junto às instituições financeiras e ao governo federal. O anúncio foi feito em coletiva à imprensa, após uma palestra do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung (PMDB) sobre as experiências bem-sucedidas em seus dois mandatos à frente do governo capixaba. A palestra, realizada em Maceió, foi direcionada a secretários de Estado, durante o no Seminário Alagoas Tem Pressa, que termina amanhã.

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"O objetivo desse programa é reverter os indicadores sociais negativos do Estado, por meio de 95 ações estruturantes que irão reduzir drasticamente os bolsões de pobreza e miséria de Alagoas até 2022", afirmou Vilela. Segundo ele, cerca de 700 mil pessoas vivem no Estado em situação de pobreza extrema, ou seja, sobrevivem com até R$ 70,00 por mês. O Estado mais pobre do País conta ainda com 900 mil pobres, que ganham por mês entre R$ 70 00 e um salário mínimo. Com isso, Alagoas tem cerca de 1,6 milhão de moradores que vivem entre a pobreza e a miséria extrema.

Segundo Teotônio Vilela, o Alagoas Tem Pressa não é um programa de governo, mas "um programa de Estado, por isso começa agora e será repassado ao próximo governo para que tenha continuidade", disse. O governador informou ainda que o programa será coordenado pelo secretário estadual de Planejamento, Luiz Otávio Gomes, e contará com a participação da empresa de consultoria Macroplan, responsável pela formatação do projeto e por seu desenvolvimento.

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Entre os tópicos abordados no seminário está a discussão de 25 projetos estruturantes para a melhoria da qualidade de vida dos alagoanos, que levam em consideração o desenvolvimento do capital humano; a erradicação da pobreza extrema; a redução da pobreza e da desigualdade; a valorização da imagem e da identidade cultural de Alagoas; o crescimento, a desconcentração e a diversificação econômica; e inovação na gestão pública do Estado.