Alckmin anuncia medidas populares mas nega relação com eleição presidencial

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou na tarde desta quinta-feira uma série de medidas populares, como a redução de ICMS para produtos da cesta básica e têxteis, anistia para devedores antigos de IPVA e até redução na idade de mulheres que podem andar de trem e metrô de graça (de 75 para 60 anos). Mas disse que as medidas não tinham nada a ver com as eleições do ano que vem, quando pretende ser o candidato do PSDB a presidente da República.

- Não tem nada a ver com a eleição - disse Alckmin, que criticou o presidente Lula "pela gastança" que o governo federal pretende fazer no ano que vem, com o aumento das verbas para a Bolsa-Família, entre outras coisas.

Segundo Alckmin, o fato de ele passar a criticar o presidente Lula não significa que deva mudar de apelido.

- Antes, diziam que eu era picolé de chuchu, mas não acho justo que me chamem agora de pimentinha - disse Alckmin.

Entre as medidas anunciadas por Alckmin, o governo de São Paulo vai isentar de ICMS os produtos da cesta básica e vai reduzir o ICMS para produtos como vinho, couro, têxteis, tecelagem, cosméticos, entre outros. Alckmin anunciou ainda que as pessoas que não pagaram IPVA de 99 a 2000, receberão anistia do estado.

Além disso, Alckmin está isentando do pagamento de passagens de trens e metrô do estado para mulheres com mais de 60 anos (antes, a idade mínima era de 75 anos). Apesar da redução de receitas para o estado, Alckmin disse que está fazendo isso para mostrar ao governo Lula que é possível reduzir a carga tributária.

O governador voltou a criticar a falta de ação do governo federal na recuperação das estradas brasileiras. Ele elogiou o fato de Lula anunciar que as estradas federais deverão passar para a iniciativa privada por concessão, mas disse que o governo demorou três anos para fazer obras de recuperação de estradas por emergência, deixando as estradas esburacadas durante esse tempo todo.