O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a defender hoje o presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz (PSDB), investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil por suposto desvio de R$ 3,1 milhões da prefeitura de Itapira, cidade que o deputado governou por três vezes. O caso corre sob segredo de justiça. "Barros Munhoz foi um bom prefeito de Itapira, prova é que ele teve uma das maiores votações do País em sua cidade natal," afirmou o governador, após participar da missa em memória do décimo aniversário de falecimento do ex-governador de São Paulo Mario Covas, no mosteiro de São Bento região central de São Paulo.
Alckmin disse achar estranho "estranho" que Munhoz esteja sendo acusado de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. "É preciso aguardar a conclusão das investigações, mas acho estranho, porque ele realmente foi um bom prefeito. É pessoa extremamente respeitada, é só verificar sua última eleição em Itapira."
O secretário estadual da Casa Civil, Sidney Beraldo, também defendeu Barros Munhoz. "Ele é um homem com trinta anos de vida pública. Foi prefeito três vezes e nessa eleição em sua cidade teve 74% dos votos válidos", disse. "É um homem que todos nós respeitamos. Passou por diversos momentos da vida pública e cumpriu bem os seus mandatos. Agora, temos que apurar. Hoje, felizmente, o Brasil vive um momento em que as instituições são fortes, têm independência e vão trabalhar na apuração", finalizou.
Na sexta feira, o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Antonio Mentor, descartou a possibilidade de o partido entrar com pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Munhoz.
As informações sobre a investigação de Munhoz foram veiculadas na edição de ontem do jornal "Folha de S.Paulo".
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