Em entrevista concedida nesta segunda-feira à CBN, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o PSDB ainda vai definir os critérios para a escolha do candidato do partido à presidência da República. Segundo ele, quem apostar numa divisão entre os tucanos, vai perder.
Alckmin nega que haja uma briga entre o grupo dele e o grupo que defende a candidatura do prefeito da capital paulista José Serra. O governador afirmou estar animado e que adquiriu muita experiência atuando como vice-governador na gestão de Mário Covas e agora como governador. Mas deixou claro que vai apoiar qualquer que seja o candidato escolhido pelo partido para concorrer ao Palácio do Planalto.
Geraldo Alckmin elogiou a estabilidade econômica conquistado pelo governo Fernando Henrique Cardoso e que, no governo Lula, há uma perda de oportunidade. Ele criticou o que chama de 'custo PT'.
- O Brasil está perdendo tempo. É o lanterninha do crescimento. Esse ano que passou só o país só ganhou do Haiti na América Latina e no Caribe. É um crescimento baixo por não ter feito as reformas, por não ter ousadia e por pagar o 'custo PT', que é um custo alto para a sociedade - disse Alckmin, que em seguida, explicou o que seria o 'custo PT'.
- Um partido passa 25 anos dizendo que está tudo errado, que é preciso fazer tudo diferente. Que a política econômica está errada, que os pressupostos macroecômicos estão errados. Aí, assume o governo e não tem projeto, dando seqüência ao que era feito antes, em doses muito maiores. Como não há confiança, a taxa de juros tem que ser lá na estratosfera, o superávit primário tem que ser lá em cima, as reformas não caminham. O governo trabalha contra o Banco Central, o Banco Central trabalha contra o governo, isso tudo é um custo para a sociedade e para o país - afirmou o governador paulista.
Segundo Alckmin, o governo Lula não apresentou uma medida sequer para cortar gastos.
- É preciso reduzir os gastos públicos para aliviar o setor produtivo, para gerar mais emprego - disse ele.
Alckmin anunciou recentemente que deixará o seu cargo no Palácio dos Bandeirantes no final de março ou começo de abril para ser o candidato do PSDB à presidência da República.
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