Geraldo Alckmin (PSDB) chegou para votar às 9h30 no colégio São Domingos, no Morumbi, dirigindo o próprio carro. A cena simbolizou o que o ex-governador diz esperar do seu futuro próximo: voltar a ser um cidadão comum. "Sou candidato a fazer clínica médica, a dar aula e a ajudar o PSDB". Alckmin votou acompanhado da esposa, Lu Alckmin, da neta Isabela, de quatro anos, do deputado federal Júlio Semeghini, um dos principais líderes "alckmistas", e do ex-Secretário João Carlos de Souza Meirelles. Sobre o futuro dele próprio e do PSDB, foi diplomático. "Tenho muita confiança no prefeito eleito. Desejo ao Kassab um bom mandato".

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Ao ser indagado se pretende ser candidato a governador do Estado com apoio do PMDB, disse que "2010 está muito longe". "Vou ajudar o PSDB na sua reorganização partidária e no debate interno". Sobre possibilidade de Kassab ser o escolhido da aliança DEM-PSDB para disputar a vaga de candidato ao governo do Estado, Alckmin diz apostar na manutenção da aliança, mas avisa. "Kassab é uma liderança importante, mas não vem depois nem antes de mim". O ex-governador evitou, ainda, declarar apoio a candidatura de José Serra à presidência. "É um bom candidato, mas tudo tem seu tempo".

Se dentro do PSDB há consenso de que o futuro da sigla no Estado está nas mãos do governador José Serra, não se pode dizer o mesmo a respeito da indicação "natural" de Geraldo Alckmin para a disputa do Palácio dos Bandeirantes em 2010. A ala do partido ligada a Gilberto Kassab já fala abertamente em dois nomes: do vice-governador Alberto Goldman e do secretário Aloysio Nunes Ferreira. "Geraldo seria o candidato natural em 2010 se não tivesse cometido o erro de insistir na disputa pela prefeitura. Ele se enfraqueceu muito e acrescentou ao currículo um histórico de instabilidade. Com isso, abriu espaço para candidaturas novas", afirma um dirigente tucano próximo ao prefeito.

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Os tucanos, porém, não acreditam em nova disputa dentro da aliança DEM-PSDB, tendo Kassab como pré-candidato ao governo. "Não existe um nome natural, mas acredito que o Kassab não deixará a prefeitura", diz o deputado "alckmista" Júlio Semeghini. "Chega de constranger o Serra. Não existe no PSDB nenhum movimento que defenda a candidatura de Kassab ao governo do Estado. O prefeito vai cumprir integralmente o mandato", conclui o secretário municipal de Esportes Walter Feldman, líder da ala "tucano-kassabista".