O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse hoje que confia no deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) e que o considera "uma pessoa correta".
Chalita é alvo de 11 inquéritos do Ministério Público, que o investiga por suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos, conforme a Folha de S.Paulo revelou no último sábado.
As investigações são referentes ao período em que Chalita era secretário estadual da Educação, no governo de Alckmin, de 2003 a 2006.
"Confio no Gabriel Chalita. É uma pessoa que tem espírito público e seriedade", disse Alckmin. O governador disse ainda que confia também no Ministério Público e que a investigação deve ser feita para apurar e esclarecer as denúncias.
"Os órgãos de investigação existem para isso, mas tenho absoluta confiança [no Chalita], é uma pessoa correta, séria", disse.
Alckmin levantou suspeitas sobre o interesse das denúncias, ao lembrar que as investigações ocorrem dez anos depois de Chalita ter assumido a secretaria.
"Acho estranho denúncia dez anos depois. Qual é o objetivo da denúncia? Por que dez anos depois?", questionou, sem detalhar quais poderiam ser os interesses envolvidos.
Denúncia
A Folha de S.Paulo revelou no último sábado que o analista de sistemas Roberto Leandro Grobman, 41, procurou o Ministério Público em outubro de 2012 e prestou quatro depoimentos em que afirmou que Chalita cobrava 25% de propina sobre o valor dos contratos que assinava com fornecedores da secretaria.
Grobman disse ainda que foi indicado pelo dono do grupo educacional COC para se aproximar de Chalita para prospectar negócios para o grupo, e relatou supostos pagamentos de propina para o então secretário da Educação.
Em nota à Folha, Chalita negou todas as acusações e afirmou que o objetivo de Grobman é atingir sua imagem.
Seu advogado, Alexandre Moraes, pediu ao Ministério Público Estadual que arquive os inquéritos argumentando que Grobman não apresentou provas que sustentem suas acusações.
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