O candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, admitiu que ainda busca o apoio do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, e da governadora Rosinha Matheus, ambos do PMDB. O tucano declarou que pretende conversar novamente com o casal. Na próxima sexta-feira, Alckmin estará no Rio de Janeiro para fazer campanha.
- Já conversei com o ex-governador e com a governadora em outras oportunidades. Não há uma decisão ainda. Nós estamos trabalhando para ter apoio de lideranças do PMDB. Claro que quem foi candidato a presidente da República tem votos e pode somar. Mas não vou cometer a indelicadeza de discutir esse assunto pelos jornais - disse Alckmin se referindo a Garotinho.
O tucano disse que o eleitor do PMDB se identifica mais com o PSDB:
- Eu vejo que o eleitor do PMDB tem mais afinidade conosco do que com o PT, até porque eu fui vereador, prefeito, deputado estadual e federal pelo MDB, o velho manda-brasa, e pelo PMDB. Acho que vamos crescer entre os eleitores do PMDB - afirmou.
Garotinho se lançou candidato a presidente pelo PMDB, mas a legenda desistiu de ter uma candidatura própria e está livre para apoiar outros partidos. O presidente peemedebista, deputado Michel Temer (SP), declarou apoio a Alckmin, assim como outras lideranças de cerca de seis diretórios. Uma grande parte do partido, no entanto, permanece ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal adversário do tucano nas eleições de outubro.
O candidato do PSDB tomou café da manhã com 37 deputados paulistas de 11 partidos diferentes, entre eles o PRB do vice-presidente da República, José Alencar, e o PDT, cujo candidato a presidente é o senador Cristovam Buarque. Defensor da fidelidade partidária, Alckmin disse que o encontro suprapartidário foi um reconhecimento à administração dele em São Paulo.
- Temos um relacionamento de muitos anos com os deputados estaduais. É uma prova de confiança no nosso trabalho. Acho que teremos uma campanha suprapartidária. Grande parte dos partidos políticos não tem candidato a presidente da República. A questão da verticalização diminuiu muito o número de candidatos.
Durante a entrevista, o presidenciável tucano lançou uma nova promessa que deverá constar no programa de governo: a construção de presídios federais.
- O governo federal tem de ser parceiro dos estados. Vou aumentar sim (a quantidade de presídios federais). Acho que é importante.
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