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Os candidatos a presidente Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), Heloisa Helena (PSOL-PSTU) e Cristovam Buarque (PDT) não perderam tempo e já puseram os pés na rua no primeiro dia de campanha eleitoral.

Com 6% das intenções de votos, a candidata do PSOL optou por uma estratégia de guerrilha para superar a falta de estrutura. Ela iniciou nesta quinta-feira a campanha no Rio de Janeiro, com uma caminhada no Centro, saindo da Candelária . Alagoana, a senadora disse que a escolha era uma homenagem ao vice em sua chapa, Cesar Benjamim, e também às crianças que morreram na chacina da Candelária, crime que chocou a cidade em 1993, quando oito meninos de rua foram assassinados enquanto dormiam.

- Esse lugar simboliza a democratização, aqui aconteceu o grande comício das Diretas, e foi palco de grandes lutas do povo do Rio. Essa praça também viu o sangue das crianças pobres numa chacina que marcou a alma e o coração do povo brasileiro. É um tributo e um compromisso para que o Brasil possa ver, na Presidência da República, uma mulher, que como as outras, não aceita a roubalheira, a mentira e a traição e tem um compromisso com as crianças do Brasil. Como mãe, me sinto na obrigação de estar aqui.

A idéia do PSOL é baratear a campanha com eventos de rua como caminhadas e panfletagens. O principal desafio da candidatura de Heloísa, avalia o partido, é transferir para o voto de legenda parte do percentual da presidenciável para que o partido consiga atingir a cláusula de barreira.

Cristovam Buarque, iniciou sua campanha eleitoral nesta quinta-feira pelo interior de Minas Gerais. Primeiro ele se encontrou com lideranças do PDT na chamada zona metalúrgica de Minas Gerais. Nesta tarde, ele participou do 32º Congresso Nacional dos Jornalistas, em Ouro Preto, na região central do estado. Durante o evento, Cristovam Buarque fez parte de um debate sobre políticas de comunicação para o Brasil. Já como candidato, ele falou sobre suas propostas para a área de comunicação e sobre a TV Digital no Brasil.

O candidato pedetista afirmou que o país parou de se desenvolver nos últimos anos, e que os anos de crescimento econômico não foram suficientes para melhorar o bem estar da população. Segundo Cristovam, o país só vai alcançar o desenvolvimento por meio da educação, o que mostra que essa será a principal bandeira de sua campanha. O candidato do PDT criticou ainda o programa Bolsa Família, do governo federal. De acordo com ele, o programa mantém a pobreza no país.

- A mudança do Bolsa Escola para o Bolsa Família provocou uma tragédia social, porque a mãe que recebia o Bolsa Escola ela pensava: "Eu recebo esse dinheiro porque meu filho está indo à escola, e com isso vai sair da pobreza". Já a mãe da Bolsa Família, recebe pensando: " Eu recebo esse dinheiro porque eu sou pobre, e se eu sair da pobreza perco essa ajuda". Perdeu-se a perspectiva da emancipação. De criar a criança, e através dela, a família da pobreza. E caímos num programa que apenas mantém a pobreza - disse.

O candidato tucano dá largada a sua campanha à Presidência da República nesta quinta-feira em Santa Catarina, onde considera ter uma das mais perfeitas coligações. No palanque do candidato à reeleição ao governo do estado Luiz Henrique da Silveira, que renunciou ao cargo na manhã desta quinta-feira, Alckmin conta com o apoio do PMDB de Luiz Henrique, do PFL, além do PSDB.

- Sou amigo dele e acho que ele vai acatar minhas idéias - disse Luiz Henrique ao chegar à Assembléia Legislativa.

Ele considera que vai convencer Alckmin a incluir no programa de governo a poposta de descentralização administrativa, sua principal bandeira durante o mandato iniciado em 2003.

Em 2002, Luiz Henrique apoiou José Serra (PSDB) no primeiro turno e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo. O ex-governador justifica a mudança ao afirmar que Serra nunca visitou o estado na campanha e ainda contava com o apoio do ex-governador Esperidião Amin, seu adversário local.

Também estão na disputa os candidatos Luciano Bivar (PSL), José Maria Eymael (PSDC) e Rui Pimenta (PCO).

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