O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira (13) que não se opõe a enviar ao Ministério Público Estadual de São Paulo (MO-SP) o relatório da Corregedoria-Geral da Administração (CGA) com detalhes da investigação sobre o cartel de trens. Segundo o governador, ainda não há data definida para isso. No documento, o órgão sugere o afastamento de 15 funcionários e ex-funcionários do Metrô e da CPTM. "Ainda não tive acesso porque não terminou o trabalho da Corregedoria. Mas, terminando [o trabalho] e recebendo [o relatório], claro, será encaminhado ao MP", afirmou. O cartel dos trens, que também é alvo da Polícia Federal, teria atuado entre 1998 e 2008 durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Alckmin repetiu que seu governo preza por "transparência absoluta". Nessa quarta, 12, durante a inauguração da estação Adolfo Pinheiro, o governador disse que "determinou que a Corregedoria fizesse uma apuração rigorosa, profunda, com total independência e liberdade".
A promotoria, que já dispõe de dezenas de inquéritos a respeito do cartel, pretende verificar ação dos funcionários citados no relatório - muitos ocuparam cargos de direção das estatais; outros ainda estão nessas funções.
O documento, que não é conclusivo, também aponta acréscimos patrimoniais não esclarecidos dos servidores, discrepâncias na lista de bens de cada um e omissão de informações em depoimentos prestados à Corregedoria.
Em nota oficial divulgada anteriormente, a CPTM informou que a própria Corregedoria já comprovou que a evolução patrimonial do diretor está "compatível com seus rendimentos".
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