Numa tentativa de reafirmar o papel do Legislativo, os dois comandantes do Congresso, o presidente do Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificaram de desnecessária a proposta de eleição de uma miniconstituinte exclusiva para a votação de uma reforma política para o país. Eles citaram propostas, tanto de reforma política quanto de revisão constitucional que tramitam nas Casas.

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Ao contrário dos líderes da oposição, Aldo e Renan evitaram atacar frontalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que simpatiza com a idéia defendida por juristas, mas condenaram a medida. Segundo Aldo, Lula apresentou uma alternativa para uma preocupação e um clamor nacional, mas que não é na sua opinião a melhor opção.

— Precisamos pautar a reforma política, mas não sei se o melhor caminho é uma Constituinte exclusiva. Eu creio que, se o Poder Executivo quiser participar desse debate, pode enviar propostas e projetos - sugeriu Aldo.

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Renan lembrou que o Senado já aprovou, há três anos e meio, pontos da reforma política, incluindo os temas mais controversos como o financiamento público de campanha, o voto distrital e a lista partidária. Para o presidente do Senado, a preocupação demonstrada por Lula poderá ajudar a garantir a aprovação da matéria na Câmara.

— Já andamos metade do caminho. Por isso considero desnecessária uma miniconstituinte. Para fazer essas mudanças não é preciso substituir o Parlamento, mesmo porque toda vez que se tentou fazer isso a sociedade foi jogada na vala comum dos regimes de exceção - alertou Renan.