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O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) recebeu nesta terça-feira o apoio do PL e passou a ser o favorito para a sucessão na presidência da Câmara. Segundo os governistas, apoiado por PL, PT, PSB, PCdoB e pela ala governista do PMDB Aldo vai largar com um patamar mínimo de 180 votos, o que praticamente lhe assegura uma vaga num possível segundo turno. A vitória do deputado do PCdoB é a grande aposta do Palácio do Planalto para tentar tirar o governo da onda negativa que o cerca desde o estouro da crise política.

- O mais importante é a estabilização política do país, pois isso vai permitir a recuperação do nosso partido - disse Sandro Mabel.

Depois das investidas do Planalto, Aldo Rebello recebeu o apoio oficial do PL em ato realizado num dos plenários do anexo dois da Camara que contou com a presença de cerca de 30 deputados da bancada, do líder Sandro Mabel (GO), e do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que renunciou ao mandato de deputado por causa de seu envolvimento com o esquema de financiamento eleitoral ilegal montado pelo PT e pelo empresário Marcos Valério de Souza. Mabel também é acusado de participar do esquema.

Para garantir o apoio do PL, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, entrou em campo e articulou com as principais lideranças do partido depois da visita que fez pela manhã ao Palácio do Planalto. Neste encontro, o vice-líder do partido, Miguel de Souza (RO), já havia garantido ao ministro da Coordenação Política, Jaques Wagner, que 70% dos deputados da bancada votariam no candidato do governo mesmo que João Caldas (AL) insistisse em disputar.

Pela manhã, Costa Neto e Mabel se reuniram com o ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, e cobraram a liberação de emendas para o Ministério dos Transportes, da cota do PL. Ao chegar para esta reunião, João Caldas não escondeu sua irritação com a ação do governo, que estaria interferindo na disputa pela Câmara.

- O governo está tirando a eqüidade do pleito. A Casa perde autonomia quando o governo age desse jeito. Isso é ruim para a democracia - protestou Caldas, visivelmente abatido.

Wagner negou, mais tarde, que o governo tenha negociado ministérios em troca de apoio à candidatura de Aldo. O ministro disse que não passam de "fofoca" e "mentira descabida" os rumores de que o governo estaria disposto a fazer uma reforma ministerial para arregimentar votos entre os deputados da base para a candidatura do deputado do PCdoB.

As eleições acontecem nesta quarta-feira, a partir das 10h. Se houver segundo turno, a nova votação será realizada a partir das 18h.

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