O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reuniu um grupo de deputados de vários partidos em sua casa para trabalhar por sua reeleição. Ao sair da reunião, o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse que Aldo levará sua candidatura até o fim e que vai para a disputa no voto, caso o PT não retire a candidatura do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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- O Aldo vai até o fim, inclusive para disputar - disse o pefelista.

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao PT que trabalhasse por um nome de consenso para evitar que a base vá dividida para a eleição.

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Rodrigo Maia reagiu ao acordo que está sendo proposto pelo PT de oferecer a presidência da Câmara ao PMDB em 2009 em troca do apoio do partido a Chinaglia agora. O líder do PFL disse que o PT está fazendo um jogo que prejudica a Casa e que Aldo será o candidato da instituição.

- O Aldo é um nome que tem respeito. O jogo do PT não é bom, oferece a Câmara antecipadamente fazendo um acerto sem levar em consideração o plenário. Esse é um jogo ruim para a Casa - afirmou Rodrigo Maia.

Aldo Rebelo deve oferecer o mesmo tipo de acordo ao PMDB, segundo o líder do PCdoB na Câmara, Ignácio Arruda (CE).

- O Aldo é reeleito agora e indica o próximo presidente com o apoio desse grupo - disse Arruda.

Já o líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que há uma rejeição ao PT na Casa e que o presidente nacional do partido, Marco Aurélio Garcia, transformou a candidatura de Chinaglia na candidatura do Palácio do Planalto.

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- Há uma rejeição do PT na Casa muito grande. A voz do Marco Aurélio Garcia é a voz do Palácio do Planalto. Com isso o PT isolou a candidatura do Chinaglia. O Aldo será um candidato mais amplo. O PT quer tudo para ele. Com o PT nenhum um outro partido tem mais espaço. Vamos ter o candidato da Casa, que será o Aldo, contra o candidato do Palácio do Planalto. O Marco Aurélio Garcia transformou a candidatura do PT na candidatura do Planalto - protestou.

O atual presidente da Câmara vai buscar o apoio dos governadores eleitos, oferecendo em troca a votação de uma reforma tributária que transfira recursos da União para os estados, segundo um dos participantes do encontro.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou uma nota à imprensa desmentindo especulações de que ele estaria tentando influir na disputa na Casa vizinha. Dois irmãos de Renan - os deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL) e Renildo Calheiros (PCdoB-SP) participaram da reunião com Aldo.