O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, disse na tarde desta quinta-feira estar disposto a pagar o preço que for preciso para que o julgamento do deputado José Dirceu (PT-SP) pelo plenário seja feito de forma justa e equilibrada, por isso insiste em levar a matéria a votação somente no dia 23.

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Aldo disse que não há condições para fazer a votação na semana que vem, já reservada para o julgamento de Sandro Mabel (PL-GO) e para a votação da Medida Provisória 258. Ele acha inadequado realizar o julgamento na semana do feriado do dia 15 porque o quórum pode ser baixo.

- Cada um corre o risco que quer. Cada um corre o risco que pode. Eu escolhi uma quarta-feira para ter certeza que a manifestação do plenário será a mais representativa da vontade da Casa. Alguns processos têm uma simbologia muito grande, não posso correr riscos. Eu estou disposto a pagar qualquer preço para ter um julgamento justo, rigoroso, equilibrado e isento - afirmou.

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No entanto, um grupo de integrantes do Conselho de Ética, entre eles o presidente, Ricardo Izar (PTB-SP), o relator, Júlio Delgado (PSB-MG), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), ainda não vai tentar convencer Aldo Rebelo a marcar o julgamento para a quarta-feira, dia 9, junto com o de Mabel. Chico Alencar alertou que Aldo pode estar dando combustível à defesa de Dirceu, que pode alegar que o processo não foi votado dentro do prazo original de 90 dias.

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