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O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse neste sábado que não vai acelerar o andamento dos processos de cassação dos parlamentares que já foram julgados na Comissão de Ética como querem alguns líderes no Congresso e só irá pôr em votação as cassações no dia 8 de março.

"Não vou pôr em votação com quórum baixo antes do carnaval para facilitar a absolvição de ninguém", declarou Aldo, que recebeu, "através da imprensa", pressão de deputados que queriam que a votação ocorresse na semana que antecede o carnaval para encontrar um quórum baixo.

Rebelo esteve neste sábado em Curitiba cumprindo agenda que pretende realizar pelos Estados. Na visita, ele se encontrou com a bancada paranaense do partido. À noite deveria jantar com o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), em sua residência oficial.

O presidente da Câmara também negou a possibilidade de um "acordão" pelo fato de que a própria votação do Conselho de Ética demonstrou dificuldades de se fazer acordos.

"Se houvesse tentativa de acordo para absolver todos os deputados, teria fracassado ainda no Conselho de Ética, já que um apenas foi absolvido. Já se houvesse acordo para condenar todos, também não teria funcionado, porque um pelo menos foi absolvido", acredita ele.

Rebelo também quer assegurar que o deputado federal José Janene (PP-PR), acusado de receber R$ 4,1 milhões do mensalão, não retorne à vida política se for concedida aposentadoria por invalidez.

"Seria uma incongruência aposentar por invalidez e depois nos depararmos com outra candidatura, já que juridicamente isso é possível e eu preciso tomar meus cuidados para anunciar uma decisão", argumentou. Mesmo o deputado paranaense não tendo condições de prestar depoimento como atestou à junta médica que ratificou seu estado de saúde, Aldo garantiu que o processo está prosseguindo.

"A Comissão de Constituição Jurídica vai dar um parecer sobre a continuidade do processo no Conselho de Ética em caso de aposentadoria", indicou.

Por ser um ano de eleições, Aldo Rebelo também assegurou que as votações serão feitas "na medida do possível".

"Vamos fazer o que for possível, até porque temos mais de dez votações de cassações, que exigem tempo e energia da própria Câmara", alegou.

No entanto, ele espera votar a unificação do ICMS da Reforma Tributária, principalmente no que se refere ao aumento do Fundo de Participação dos Municípios.

"Há reformas que vão ocorrendo pouco apouco, como as do Judiciário e da Política, onde discutimos a redução dos custos de campanha. ACâmara deve cumprir seu papel e a população avalia a cada quatro anos nas eleições", explicou o presidente da Câmara.

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